Gênero: Terror/ Suspense
Origem: EUA
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Na semana também não podemos parar. Existe dia/ noite mais propcia para um bom filme de terror, que os dias de chuva? É fato que a atmosfera se torna mais tensa, e bem isso é tudo enrolação para encenar e valorizar mais um clássico que chega nos arquivos do Cinepub. Afinal estamos falando de Alfred Hitchcock, que eu particurlamente não sou fã, mas quem sou eu mero mortal, para se virar contra o Deus do Suspense? Pois bem, sou mais um dos que se rende a genialidade do mestre americano, ao passo de resenhar mais um de seus principais filmes, e desafios, já que seu antecessor Psicose, marcou como o grande sucesso de sua carreira, forçando todos os outros sucessores a comparação. Os Pássaros de fato não superou Psicose, mas chocou, por inovação, ao abordar o sobrenatural. Vamos a sinopse e um comentário posterior.
Melaine Daniels conhece em uma loja de passáros de forma inusitada um advogado chamado Mitch Brenner. Os dois flertam na loja, apesar da falsa grosseria entre ambos, cismada com a presença dele, ela decide ir para a pacata cidade de Bodega Bay, na Califórnia, porem lá ela vive momentos
de terror quando milhares de pássaros se instalam na localidade e começam a
atacar as pessoas.
Como mencionei na entrada, mais uma vez o mestre do suspense resolveu renovar. "Os Pássaros" passeia e brincam de forma assustadora (para a época) com o sobrenatural. Tradicionalmente os filmes do Hitchcock possuem um assassino, envolto em uma grande trama de suspense, contudo aqui, de forma inexplicavel, até o fim, passáros atacam as pessoas, sem motivo aparente. Mencionei até o fim, pelo motivo de nada ser resolvido ou explicado, o filme acaba, até mesmo sem o famoso "the end". O fato é que tudo é frenético, nós espectadores ansiamos em saber a hora que os passaros iram atacar, as consequências, o transtorno todo que mobiliza não só Budega Bay (local fictcio aonde se passa), mas todo o país. Melaine e Mitch vivem um romance em meio ao caos, com atuações convincentes. Ela, representando a eterna loira, com a qual Hitch sonhava, como perfeição de mulher, e ele o galã, um homem bom, disposto a salvar sua familia e sua amada.
Em termos técnicos, considero esse o filme mais primoroso do diretor. Ele realmente deu tudo de si, para o trabalho estetico, o que não era tão caracteristico para um cineasta "do povo" (Hitch aprendeu fazendo). A fotografia é ótima, contudo o diferencial são os efeitos especiais, em uma época sem computação gráfica, analisados a finco, ainda são atuais, e não comprometem, não transformam o filme em sátiro com o tempo, talvez menos assustador, por tudo o que já vimos, assistimos. O fato é que após, Hitch, inspiração para tantos outros cineastas, foi copiado diversas vezes, como em filmes de piranhas, tubarões e por ai vai, sem tanto sucesso, sem tanto acerto com o sobrenatural. O mistério, não tem mais corpo de suspense aqui, não tem explicação, apenas acontece, de forma formidavel. Os planos de filmagem, contribuiram demais para o sucesso dos efeitos, cortes rapidos e precisos, adicionados pela montagem de muito bom gosto, mas devemos enaltecer também a maquiagem, até mesmo os atores se impressionavam com o tamanho realismo, das feridas criadas pelos profissionais. Sem contar toda atmosfera cinzenta e macabra criada pelo diretor, que não utilizou de musicas mas apenas de efeitos sonoros, contrariando o habito da época, o que mais uma vez reinventou o modo de fazer cinema do mestre, pelo conjunto e perfeição tecnica.
Definiria "Os Pássaros", como o sucesso estético, com uma história interessante, do mestre Alfred Hitchcock. Não tem o nível de Psicose, no entanto, me agrada bem mais, com uma formatação mais convincente, apesar de não possuir lógica, o que deixa o filme mais charmoso, brindando com o trash, em um nivel altamente superior. Bom filme!
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