quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Matemática do Amor - 2010

Direção: Marilyn Agrelo
Roteiro: Pamela Falk e Michael Ellis
Gênero: Comédia, Drama e Romance
Origem: EUA
Duração: 96 minutos 
Formato: RMVB
Áudio: Português





Olá pessoal! O filme que irei comentar hoje é daqueles para ser assistido em uma tarde chuvosa. É uma mistura de comédia, drama e romance que agradará aos amantes desses estilos. Aos fãs de outros estilos talvez nem tanto.

Matemática do amor (An Invisible Sing) foi feito através de uma adaptação do livro "An Invisible Sign of My Own", lançado em 2001 pela escritora americana Aimee Bender.  No início do filme temos uma história contada pelo pai da protagonista no seu 10º aniversário. Merece ser conferida com atenção, pois existe uma forte ligação com a personagem principal ao longo do filme.

Mona Grey é interpretada por duas atrizes: Bailee Madison (Ponte para Terabítia) na infância e Jéssica Alba (Quarteto Fantástico) na fase adulta. Suas duas maiores paixões eram a Matemática e a Corrida. O motivo dela amar tanto Matemática foi o mais simples e amoroso possível, o fato de que seu pai interpretado pelo ator John Shea (Sex and The City) ser um matemático, faria o amor e elo firmado por eles ser algo inabalável. Ele era um grande corredor de atletismo e isso motivava sua filha a querer ser mais rápida do que ele no futuro. Até que o destino reservava uma surpresa nada agradável, a doença psiquiátrica de seu pai.

Um fato curioso que acontece é que Mona Grey ainda criança tinha o costume de bater na madeira de onde surgiam diferentes números. Eles a mantinham segura e sem eles, ela estaria sozinha. Em outros momentos vemos esse fato acontecer em situações de conflito que deveriam ser enfrentadas de alguma forma. Isso mostrava uma grande insegurança por parte dela e medo de estar fora da sua zona de conforto.

Ela então resolve fazer um pacto com o universo ainda na sua infância, abrindo mão das coisas que mais gostava fazer como ouvir música, ir ao cinema e até mesmo abrir mão da companhia de seus amigos como espécie de troca para ver seu pai novamente no estado normal de sua saúde.

Seu comportamento fora da normalidade preocupa imediatamente sua mãe interpretada pela atriz brasileira Sônia Braga que faz uma atuação realmente excelente no filme. A primeira medida radical que ela toma é expulsar a filha de casa, arranjando em seguida um emprego pra ela como professora de matemática na tentativa de fazê-la se abrir novamente para a vida. 

Algo muito interessante é notar as mudanças de Mona Grey durante a história, ainda mais quando ela resolve finalmente entrar em sintonia com o mundo. 

Três personagens seguintes são fundamentais nessa mudança de comportamento da protagonista. O professor de Ciências Bem Smith feito pelo ator Chris Messina (Argo) que teve um papel um tanto divertido com seu jeito irreverente e uma vindoura relação amorosa com Mona.

Os outros dois personagens influenciaram diretamente na maneira emocional da personagem. Sr. Jones interpretado pelo ator J.K. Simmons (Homem-Aranha) que na história era vizinho de Mona e foi seu professor de Matemática durante sua infância, tinha um hábito bastante curioso. Usava colares numéricos que representavam seu humor diariamente. Quanto maior era o número mais estava feliz e vice versa. E finalmente sua aluna, Lisa Venus interpretada pela atriz Sophie Nyweide que sinceramente foi na minha opinião a melhor atriz do filme. Jéssica Alba teve uma grande atuação, mas essa menina roubou a cena e mostrou ter um futuro muito promissor tanto em sua carreia como no cinema. Entrou facilmente na minha lista de grandes atrizes mirins. Sua história é tocante e emocionante. Mostra sua mãe com Câncer e o imenso carinho por sua professora. Encantadora!

Os pontos negativos do filme é que a obra deveria ter sido melhor adaptada para as telas. Mesmo não tendo lido o livro onde se originou o filme, senti essa deficiência. Além disso, o filme traz algumas cenas confusas que irão atrapalhar a percepção e compreensão de muitos espectadores durante sua exibição. Pecou ainda no quesito visual onde os números e a matemática em si poderiam ter sido explorados de outras maneiras diferentes e criativas. Fotografia e Figurino foram simples demais sem trazer inovações ao roteiro.

A mistura entre roteiro original e um bom elenco melhoraram a qualidade do filme. Jéssica Alba está sensacional, Sônia Braga está excelente e Chris Messina foi outro ponto positivo. A melhor atriz do filme foi mesmo a pequena Sophie Nyweide que roubou a cena, nos cativando e emocionando muito, mostrando diferentes vertentes em profundidades excepcionais. Na época do filme ela tinha apenas 10 anos de idade e nesse ano completa 13 anos de idade.

Matemática do amor traz mais pontos positivos do que negativos em sua história e roteiro, nos mostrando um discurso que trata de diferentes formatos de emoções. A evolução e mudança da personagem durante o filme e principalmente na reta final da obra merecem destaque. O final foi ótimo e adequado, tendo em vista as escolhas feitas por Mona e o futuro dos personagens na trama. Um filme doce e emocionante. Vale à pena conferir sem preconceitos.

Desejo a todos um bom filme! Divirtam-se!

Grande abraço e até a próxima!



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