quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Mulheres e Luzes - 1950

Cineasta: Federico Fellini / Alberto Lattuada
Origem: Itália
Gênero: Drama
Áudio: Italiano
Legenda: PT-BR
Formato: Avi


Salve!! Não era pra ser o post de hoje, contudo cada filme que eu vejo do Fellini me inspira a a falar um pouco mais do mestre italiano, a fim de completar a sua filmografia em breve. 

Sendo um dos primeiros filmes do mestre italiano, é nítida a diferença de seus filmes mais famosos, aonde ele já havia passado por vários processos de influencia, com o neo realismo, a nouvelle vague francesa, esse processo é meio distante de Mulheres e Luzes, que mesmo assim consegue carregar toda a nostalgia e beleza típica do diretor, contudo em planos sequenciais mais simplificados, tendo como única proximidade a ideia de passar o tempo sem grandes explicações. Vamos a sinopse.

Uma companhia de espetáculos viaja para Roma e, no trem, o diretor é abordado por uma bela jovem que deseja ser dançarina. No aperto da primeira noite, ela acaba entrando, e faz enorme sucesso entre os espectadores. O ator principal da trupe então se apaixona por ela, e ambos largam a companhia para formar uma outra independente; mas, enquanto o diretor pensa em formar uma trupe apenas de artistas de rua, sua principal estrela se ocupa sonhando com o glamour do show buziness.

Sonhos de grandeza misturados com uma paixão fulminante são as desventuras do protagonista, que faz de tudo pra mudar seu destino e se tornar respeitado. De um jeito delicado e com uma certa malicia Fellini faz um jogo de enganação com uma certa lição que não se concretiza no desfecho, mostrando que mudar para a maioria de nós é impossível, sendo assim estamos sempre sujeitos aos mesmos erros, aos mesmos sonhos, um ciclo, aonde o cenário e as pessoas mudam, os conceitos não.

Em termos técnicos, bem, longe do auge o mestre ainda não possuía parceria com Nino Rotta, e ainda utilizava como trilha as velhas operas dos filmes mudos, tem seu charme é verdade, alias é meio difícil imaginar Mulheres e Luzes de um modo diferente, contudo o ponto forte são as músicas típicas, a exposição dos artistas, inclusive na aparição de uma artista cigana  brasileira que deixa o filme ainda mais gostoso de se ver. No plano artístico ensaios sobre um Fellini circense já começam a serem esboçados, no próprio conceito de trupe, artistas com vários talentos e aquela beleza melancólica que representava essa carreira. Bom é isso, só assistindo pra sentir tamanha beleza, bom filme!!

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