domingo, 11 de dezembro de 2011

Dublê de Anjo - 2006

Cineasta: Tarsem Singh
Origem: EUA
Gênero: Drama/ Fantasia
Áudio: Inglês
Lengenda: PT-BR(separada)
Formato: Avi


Domingão, família toda reunida. Sinceramente tem alguém ai com vontade de assistir o Faustão? Uma dica então, ao invés de ficar ai correndo atrás da criançada, ou se emocionando com as casas que o Gugu distribuí todo domingo, coloca a turma toda pra ver esse filme, afinal o primeiro dia da semana é dia de fantasia! Decidi começar o post assim por estar ouvindo Simon and Garfunkel (musicas de ninar) e ainda ter partes do filme na cabeça. Vamos ao que interessa.

Numa Los Angeles em meio aos anos 20, um dublê sofre um acidente que o leva à um hospital gravemente ferido. Com uma fratura na perna e psicologicamente instável, o homem encontra uma garotinha com o braço quebrado. Ele começa, então, a contar uma delirante história fantástica sobre heróis míticos em um mundo sinistro. Ao passo que a história se desenrola e as emoções dos personagens transcendem, a linha entre realidade e imaginação começa a se partir. 

Apesar do tom água com açúcar, apenas os efeitos tem uma característica infantil, a fotografia apelou pra um lado mais lúdico, e alguns diálogos do roteiro também são engraçados, contudo toda essa atmosfera esconde um drama muito bem formado, muito além da psicologia infantil. Os dois personagens estão interligados em um jogo de desespero x inocência e vontade de viver, através dessa experiência ambos narram a história de suas vidas, imaginando e criando um mundo alternativo, com heróis, vilões, todos representando pessoas reais que fazem parte de suas vidas. O narrador, um dublê que foi largado pela namorada, procura em seu estado físico um motivo para o suicídio, enquanto é assistido por uma garotinha que se acidentou no pomar aonde faz colheitas, para manipular a pequena a ajuda-lo ele conta uma história que fascina a pequena amiga, com tanta convivência um laço forte vai se formar para que o dublê desista de seu infortúnio e tenha menos pena de si mesmo. 

Alguns traços da história tornam o clima um pouco forte para uma fantasia, o que pode deixar as crianças ai no sofá um pouco mais sérias, mas convenhamos, uma boa lição é sempre bom, então que isso venha somado a um belo cenário, com cores de preencher satisfatoriamente as pupilas de uma mente criativa. Destaque pro inicio em preto e branco que esboça muito bem o acidente do dublê, não deixando de ser no mesmo ponto e lá no final do longa, uma bela homenagem aos primeiros filmes de ação. David Fincher e Spike Jonze recomendam, então sem Faustão hoje, vamos combinar? Bom filme!!

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