segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Fitzcarraldo - 1982

Cineasta: Werner Herzog
Origem: Alemanha/ Peru
Gênero: Drama/ Aventura
Áudio: Alemão
Legenda: PT-BR
Formato: Rmvb


Salve! Seguindo a linha da coleção da folha, trago mais um clássico europeu, nem tão europeu assim. Fitzcarraldo se passa no Peru, o diretor Werner Herzog teve diversos problemas para rodar o filme lá, entre elas a desistencia de Jagger do Rolling Stones, divisa não muito bem elaborada das terras aonde ele podia rodar, acusações de exploração sobre o povo indigena dentre outros sacrificios que só tornam a obra mais grandiosa, já que através dela, Herzog ficou conhecido como um cineasta que não mede esforços ou consequencias para concluir sua obra. Vamos a sinopse e um comentário posterior.

Brian Sweeney Fitzgerald ("Fitzcarraldo", na pronúncia dos nativos), fã do tenor italiano Enrico Caruso, sonha em construir uma casa de ópera na remota cidade de Iquitos, no alto Amazonas. Fitzgerald já havia investido numa Estrada de Ferro, a Transandina, e falhara. Tentava conseguir os recursos com um novo empreendimento, uma fábrica de gelo. Graças a esses negócios improváveis, ele foi chamado de "Conquistador do Inútil". Finalmente, consegue dinheiro de sua amante, dona do bordel da cidade, e compra um grande barco fluvial, tentando encontrar uma nova rota para transportar a borracha, de terras que conseguiu a autorização governamental para explorar.Com o navio, Fitzgerald se dirige ao local onde quer explorar a borracha. Alucinado, transpõe morros e matas com o barco, à custa de vidas humanas e muito sofrimento.

Indo direto a minha visão, é realmente difícil saber se eu gostei da obra que marca muito o estilo do diretor alemão Werner Herzog, Fitzcarraldo tem todo um conjunto grandioso, belo, muito bem elaborado, longe de qualquer grande estúdio e mesmo assim tento uma excelente fotografia, contudo as vezes a história parece se perder, o ritmo se torna massante em alguns momentos, por isso vale ressaltar que é um trabalho que necessita de compreensão e paciencia. Surge como atributo que dignifica a obra o fato de  a mente doentia de Fiztcarraldo exalar o próprio diretor, e a forma ousada como tudo é feito com uma  realidade incrível, a qualquer custo, assim como seu protagonista sugeria ao longo da pelicula, portanto a forma densa e arrastada com que a história se passa reflete a própria produção, o argumento se funde ao desejo de realizar o filme, tornando-se um unico sonho. Talvez por isso Fitzgerard não finda como um personagem frustrado e sim um crescente sonhador que mantém suas esperanças em uma outra conquista quem sabe, ou no simples fato de sonhar, já a obra, bem, foi concluida, dando a Herzog o status de vencer o seu próprio protagonista. Contudo mesmo em sua profunda excentricidade, Herzog nos ensina a importancia dos sonhos e como grandes homens, ou mesmo aqueles que tentaram, começaram suas realizações apartir disso, “nós somos feitos do tecido de que são feitos os sonhos” essa frase explicita a mensagem bela que o cineasta deixou com seu filme, que soma a grandiosidade de sua produção, a cumplicidade de um gênio com suas cameras, e um talento fabuloso do qual o excentrico diretor necessitava, contudo odiava ao mesmo tempo, o comovente Klaus Kinski.

Resumindo aquilo que divaguei, Fitzcarraldo é o retrato da importancia dos sonhos, em suas conquistas ou mesmo no fracasso, independente do tamanho, quando ele realmente é intenso, é necessário tentar. Bom filme, boa lição!

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