Gênero: Drama
Origem: França
Áudio: Francês
Legenda: Português
Formato: Rmvb
Salve !! Receio que Truffault esteja bem em falta no nosso blog, aliás ainda estamos em falta com diversos grandes diretores, mas isso o tempo vai nos ajudar a consertar. Falar de Truffault é contar a parte mais marcante do cinema francês, a "Nouvelle Vague", afinal ele é o criador do movimento. E para expressar um bem esse conceito, nada melhor que postar seu filme de estréia, Os Incompreendidos. Seguindo a tendência dos meus posts, depois de uma pequena divagação, vamos ao filme. Uma sinopse depois o comentário.
Antoine Doinel é um garoto de 14 anos. Seus pais não lhe dão muita atenção, e ele não tem grande desempenho na escola, então ele mata aula para ir ao cinema e sair com seus amigos. Certo dia, ele descobre que sua mãe tem um amante. Sua vida passa a ser só desventuras, em que ele não é compreendido por ser tão rebelde, e seu caminho segue varias transgressões como pequenos roubos, desrespeito aos pais, o que não lhe causa bom resultado.
Apesar de ser um drama, a narrativa é bem leve, o que torna o filme bem agradável, apesar de triste. Antoine é um garoto nada convencional, sonhador, que não tem tanto exito na escola, e tende a ter uma vida fracassada. O filme aborda claramente a paixão do protagonista pelo cinema, uma espécie de referência ao próprio Truffault em seu ofício. Em um roteiro completamente diferente, esse filme chegou a me lembrar Cinema Paradiso de Tornatore, muito mais superficial no que diz respeito a sentimentos, aliás essa é uma característica francesa, uma tendência de passar as sensações acima dos sentimentos. Isso cadencia a tudo exalar poesia, relatando o período confuso de todo ser humano, a passagem da infância para a adolescência, aonde o caráter de cada qual é formado. Não é um filme complexo, ou cheio de simbolismo, as vezes nomes como o de Truffault remetem a isso, mas posso afirmar que esse é um de seus roteiros mais simplistas, e talvez um dos mais belos, não posso afirmar isso com certeza, dado a ser apenas o segundo filme que assisto dele, o que não diminui a tamanha admiração que tenho por seu trabalho até então. Sei que Antoine estará presente em outros filmes que postarei aqui, ele é o retrato de Truffault, o personagem a qual o diretor escolheu para falar de si mesmo, portanto ele repetiu o protagonista em outros filmes, mas isso é para outras oportunidades. O que deixo como certo sobre Os Incompreendidos, é composto pela tamanha gentileza com que o diretor francês cuida de seu personagem central, que sofre com uma fase difícil em sua formação, beirando até mesmo a delinqüência juvenil, somado ao fato de ser um garoto diferente de sua geração, o que fez com que muitas pessoas pagassem por não serem compreendidos por seus meios sociais. Antoine com certeza mexerá com muitos cinéfilos, afinal todos nós somos olhados com olhos tortos, somos os diferentes. Essa proteção toda com um personagem que tende a ter uma sucessão de desventuras transforma esse em um filme extremamente delicado, de muito bom gosto, e volta ao que eu cito como um bom drama, roteiro cotidiano contado de forma agradável sem muito apelo emocional, e não os terríveis dramalhões dos dias de hoje. Bem sem muito mais o que comentar. Bom filme !!
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