terça-feira, 3 de maio de 2011

Morangos Silvestres - 1957

Cineasta: Ingmar Bergman
Gênero: Drama
Origem: Suécia
Áudio: Sueco 
Legenda: Português
Formato: Rmvb
Duração: 91 minutos

Salve !! Estou eu aqui no meio da madrugada sem sono, então decidi compartilhar mais um filme com vocês, caros leitores, que aguentam todas a ladainhas que eu acrescento a sinopse de cada filme. Mas eu entendo que isso da uma certa graça, pois eu tento com toda a minha divagação, mostrar um pouco do que o fime propõe, além daquilo que vemos, explorando aquilo que sentimos, e um certo simbolismo estético. Olha eu me perdendo outra vez. Vamos ao filme certo ? Então aquele velho hábito de começarmos por uma breve sinopse. 

O velho professor Isak Borg vem tendo sonhos esquisitos, que o fazem pensar que ele se aproxima da morte. Ele está perto de ser condecorado, graças aos 50 anos de sua profissão como professor e médico, o mais respeitado em sua velha cidade, da qual ele se afastou. Receoso ele decidi ir até lá de carro, junto com sua nora que estava hospedada em sua casa, por conta de um desentendimento com seu filho. No caminho para para visitar sua velha casa, lá ele começa a lembrar dos seus tempos de mocidade, em que tinha esperança e planos, em que sua familia era toda unida. Mas seu pensamento é fixo em Sara, a qual ele era secretamente noivo, mas que optou mais tarde casar com seu irmão. Lá ele encontra uma moça com o mesmo nome, que acompanhada de dois rapazes pegam carona com ele até sua cidade. Os sonhos ruins continuam, e ele teme pela morte no estado em que está, só, sem amigos, e sem amor algum de sua família, que inclui sua nora e seu próprio filho.

Mais um filme belíssimo, eu tenho escolhido bem meu passa tempo, Ingmar Bergman produziu um dos dramas mais bonitos que o cinema já viu, essa é com certeza a sua obra prima. O filme fala basicamente sobre o tempo, o fim para ser preciso, e o fato de certas coisas não poderem ser mais resolvidas, e que apesar de tudo é preciso aceitar os rumos que a vida tomou. É meio passivo, triste por sinal, carrega toda a melancolia do arrependimento, da culpa, uma espécie de alerta para os espectadores com relação a suas escolhas, com as relações que se cria ou não com as pessoas. E tudo é criado em tom de descoberta, tardia é claro, o professor descobre no final de sua vida, que pouco fez por ele mesmo e aos que ele ama. Lá no final do filme, quando ele tenta se tornar amigo de sua empregada fiel, e não consegue passar das formalidades, mostra o quanto ele desprezou tudo de bom que havia ao seu redor, e isso se tornou irreparável. A relação afetada com seu filho, que  não suporta nem ao menos ouvir suas palavras, premeditando-as também chama atenção. A pequena luz se da por sua Nora, a qual ele se sente confortavel em declarar sua afeição. 

O que mais encanta nessa história é o modo como ela foi contada, mesclando sonhos, lembranças e realidade, em um ritmo empolgante e completamente nostálgico, frisando que tudo se passa em apenas 24horas. Me agradou muito o fato do rosto jovem do professor não ser revelado, deixando tudo pelo seu ponto de vista, por sua memória e sentimentos. O fato ainda de ele próprio ser o narrador, transmite mais ainda a sua angustia. Um filme triste, porem belo, 91 minutos foram muito pouco, e passaram absurdamente rápido. Em fim sem muito mais o que dizer, Morangos Silvestres é um filme que quebra qualquer barreira de tempo, portanto assistam !! Bom filme !!

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