quarta-feira, 25 de maio de 2011

O Fantasma da Ópera - 1925

Cineasta: Rupert Julian
Gênero: Terror/Romance
Origem: EUA
Áudio: Mudo
Legendas: Português
Formato: Rmvb


Salve !! Um pouquinho mais de cinema clássico ? O Fantasma da Ópera possui versão mais atual, muito boa por sinal, contudo isso é assunto para um próximo post quem sabe. O fato é que em 1925 o cinema vivia tempos de evolução técnica, aonde Eiseinstein já desenvolvia a sua teoria da montagem, sendo assim hollywood e tantos outros veículos começavam a produzir grandes obras, que marcariam definitivamente para a história do cinema. Ou seja, não estou desenterrando um defunto nesse post (sem ofensas Maxx, seu trabalho é lindo), por mais que faça parte do cinema mudo, o filme em questão permanece atual, por tamanha capacidade técnica já desenvolvida. Vamos a sinopse e eu termino o meu raciocínio.

Erik, um compositor desfigurado em seu rosto, vive nos subsolos de um grande teatro em Paris após fugir do sanatório, ele apaixona-se por uma jovem cantora de ópera, e a convence a desistir de seu par, sequestrando-a em seus aposentos. Aterrorizada pela natureza de Erik, a moça quer fugir, e para isso contará com o auxílio de seu noivo e aqueles que estão com ele.

Atual ? Podem se perguntar como eu considero o filme atual ? Oras é fácil responder sobre isso e ainda com uma pergunta, quanta coisa boa se faz hoje a nível de terror ?  Rupert Julian que só possui esse trabalho, foi muito feliz em adaptar essa história, que já foi re-adaptada inclusive, mas sem o mesmo charme que um filme mudo carrega de ser uma verdadeira sinfonia em movimento. Com toda a expressão corporal dos personagens, já que isso era necessário, o próprio ator que faz o fantasma, é de uma habilidade incrível de mascarado e sem dizer uma palavra, demonstrar todo o horror que ele vive, aliás Lon Chaney ficou marcado por papéis do tipo, tal como Quasimodo em Corcunda de Notre Dame. Eu gosto disso no terror, a atmosfera fica bem carregada,  tanto que na época o filme causou alguns infartos em salas de cinema. Embora toda essa habilidade de expressão, o personagem principal tem algumas falhas de construção, o que nós dificulta a saber sua real natureza, dividindo sentimentos no decorrer das cenas, ora somos atraídos pelo amor trágico, ora assustados com a fera em que Erik se transforma. Nada que atrapalhe o resultado final, que é por sinal belíssimo, uma mistura de suspense e romance, que nasceu em uma época que o sombrio não era tão bem visto, no entanto impactante. Bom filme !!

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