quarta-feira, 20 de abril de 2011

Satyricon - 1969

Cineasta: Federico Fellini
Gênero: Aventura/ Fantasia
Origem: Itália/ França
Formato: Rmvb/ DVDrip
Áudio: Italiano/ Grego
Legenda: Português


Salve !! Mais uma dose de Fellini, que tal ?? Um filme desconexo, propositalmente confuso, apesar de agora diferente de em Amarcord, acompanharmos um personagem central, os acontecimentos em sua vida são colocados sem um sentido completo, fragmentos na maior parte do tempo soltos, o que dificulta um pouco a compreensão. Divagando, penso eu que para Fellini não importou uma conclusão ou uma moral, até pelo modo como o filme se encerra, ele mais uma vez apelou para as sensações, dando sentimentos diversos para seu personagem principal e uma breve vida para todos que passaram pelas cenas com ele. O apelo estético valoriza esse feito, todo cenário representa de certa forma o estado de espírito de Encólpio (protagonista). No começo sua sensação de perda combina perfeitamente com uma Roma escura, cheia de neblina por exemplo. Para continuarmos nossa analise, sugiro uma sinopse.

Na Roma da Antiguidae, Encólpio e Ascilto, dois jovens estudantes, estão apaixonados pelo seu escravo, Gíton. Gíton prefere Ascilto a Encólpio e este deprimido, tenta suicidar-se quando um tremor de terra o surpreende e o acaba por salvar. Reencontrado-se os três prisioneiros do pirata Luchas, acabam por ser salvos e viver uma série de aventuras eróticas até ao dia em que Encólpio se descobre sexualmente impotente. Conduzidos ao Jardim das Delícias, as carícias das jovens sábias não lhe fazem nenhum efeito, ao passo que Ascilto aproveita largamente os prazeres que lhe são oferecidos. Por intervenção mágica, Encólpio recuperará a virilidade enquanto Ascilto morre, tocado pela cólera divina.

Aparentemente com um roteiro bem sustentando pelo resumo, é imenso o buraco que separa determinados acontecimentos, e essa forma desconexa tambem se mantém no efeito audiovisual, a variedade de cenários por exemplo foi um artifício inteligente. O modo poético facilita a compreensão de estarmos acompanhando capítulos da vida de Encólpio, e não necessariamente a história toda. Fellini colocou muito de si, de sua forma de ver o cinema em Saatyricon, criando um clima onírico, cheio de exageros, surrealismo, sem perder o tom crítico. Refiro-me a sociedade da década de 60, ousada, porem confusa, e a Roma antiga foi o melhor dos exemplos para uma sociedade que não via delimitação sexual.  Enfim, com uma narrativa fragmentada, cores berrantes, pulsando ao máximo de Fellini, Satyricon vem com o intuito de abrilhantar ainda mais o espaço do cineasta italiano aqui no blog, uma boa aventura épica pra vocês !!

Um comentário: