quinta-feira, 21 de abril de 2011

O Rito - 1969

Diretor: Ingmar Bergman
Gênero: Drama
Origem: Suécia 
Áudio: Suéco
Legendas: Português
Duração: 72 min.



Salve !! Um filme Sueco dessa vez, do mais famoso cineasta do país, Ingmar Bergman. Esse não é um dos mais inspirados filmes dele pelo que pude observar em minhas pesquisas, contudo ainda sim de ótima qualidade, contendo a mesma fórmula que Bergman usou ao decorrer de toda a sua carreira no mundo do cinema, falar dele mesmo em tom abusivo e extravagante, mas sempre dele mesmo, visões deturpadas de tudo o que ele viveu, de tudo o que ele é. Julgo necessário uma sinopse para continuar a linha de raciocínio

Acusados de encenar uma peça obscena, três atores são interrogados por um juiz. Durante e entre os interrogatórios, os segredos mais íntimos de todos são revelados. O que será esse numero secreto de que tanto falam ? Qual a real intenção do juiz ? O filme se desenrola com a incessante inquisição levada a cabo pelo juiz, que, de maneira avassaladora, tenta desnudar os sentimentos dos artistas investigados. Suas capacidades, no entanto, encontram-se, frequentemente, aquém do entendimento daquilo que aqueles tentam representar com seu espetáculo, e mesmo acerca do que sentem e como conseguem exprimir tais sensações. Os três personagens estão completamente ligados, e só a partir de uma tensão entre eles cada um pode fazer alguma coisa.

Sombrio, claustrofóbico, busca criticar a função dos artistas para o mundo, desmascarar qualquer idolatria, mostrando pessoas cheias de defeitos, as vezes até insanas. Bergman deu uma entrevista, falando que a idéia do filme era dissecar a si mesmo, de revelar o seu modo de "funcionar". O interessante é que ele elaborou mentes insanas, confusas para mostrar o quão perturbada é a sua visão de mundo. O fato é que tudo se mistura e deturpa conforme sua vida passa a se misturar com a de seus personagens, isso ele deixa claro em uma fala de Thea (a atriz mais louca da companhia) contando uma conversa que teve com seu psiquiatra, peço que reparem nesse trecho quando assistirem o longa. Tudo isso é como uma incapacidade de colocar-se fora do alcance das pressões sociais que nos arrastam para longe de nós mesmos, sentindo a necessidade de viver protegido por trás de máscaras, mesmo que isso modifique o seu verdadeiro eu, criando anjos e demônios bem particulares. Bem, termino concluindo que Bergman não é tão complexo, ao menos nesse filme, ele apenas fala muito de si, uma espécie de ego gritante, mas que não é negativo, é um exercício de auto conhecimento, que se resume em um filme impactante, com um final um pouco decepcionate, mas é assim mesmo, um exercício de auto conhecimento nunca termina não é ? Bom filme !!

Veja no Youtube! (infelizmente estamos sem link)

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