quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Submarine - 2010

Cineasta: Richard Ayoade
Gênero: Drama/ Comédia
Origem: Eua/ Inglaterra
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Pt-Br



Plena quinta feira fria e chuvosa, em São Paulo capital, nada melhor do que aproveitar e assistir um filme. Submarine não foi o meu repertório pra hoje, admito, talvez não seja o de vocês também, afinal, já estamos caminhando para o fim de noite, embora, para os mais entusiastas, seja uma boa pedida, garanto.

Sinopse: O garoto de 15 anos Oliver Tate tem dois objetivos: perder a virgindade antes de seu próximo aniversário, e apagar a chama entre sua mãe e uma ex-amante que ressurgiu em sua vida.

É cada vez mais comum, utilizarem crianças ou adoslecentes em filmes para uma temática mais adulta, é como se nós, que já passamos por determinadas fases, possamos retornar a elas, com visões e contos diferentes, analisando de forma mais madura, tudo aquilo que vivemos ou poderiamos ter vivido. Submarine não foge a esse "novo" modelo. A juventude, a adoslecencia, é de certo fato nova aos olhos do mundo, essa fase, esse intermedio entre a infancia e a fase adulta, se deu como uma ordem que encara a vida com certa intensidade, necessidade de experimentar, não tendo ainda um mundo nas costas e que mesmo assim, começam a pesar. Submarine trabalha exatamente o papel do jovem, perante conflitos sociais, conflitos familiares e até mesmo no convivio com pessoas da mesma idade. Oliver Tate é um garoto que ao mesmo tempo que tenta se ambientar com seus colegas, tem a cabeça mais além, maturidade que tenta impor em sua vida, na sua família, ao mesmo tempo que vive ainda os devaneios da infância, em ser um espião, somados com sua precoce sociologia. Repito, essa é a base de outra centena de filmes, e que mesmo assim, se torna interessante, para analise e contemplação, transformando a passagem para a vida adulta, a descoberta do sexo e a compreensão de que tudo é findável (ou não) ainda sem a vivência necessária, que se da com o decorrer dos acontecimentos.

Submarine ainda procura ter o formato de um livro, o que particurlamente me agrada bastante, ao passo que da uma garantia maior de estabilidade sobre o enredo, pelas mãos do nem tão brilhante Richard Ayoad. Aliás esses epilogos dão uma certa impressão de seriado e tem como ponto fraco a obviedade em seu desfecho, o que de longe não compromete a beleza, os tons usados, a imaginação do personagem central, que conduzem o filme as margens da poesia, mesmo assim, usando linguagem moderna e muitas vezes comicas, mesmo que brinque as vezes a margem de situações caóticas, brincando com a vida. Sendo assim pouco importa que o roteiro seja gasto, que toda a analise já tenha sido feita diversas outras vezes, Submarine não se compromete pela mensagem que passa, ao contrário,  se valoriza pelo modo que é construído, com uma bela trilha que da a esse livro cinematrográfico e gritante, um ar de superioridade aos demais da mesma temática. 


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