quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Para Minha Irmã - 2001

NOME ORIGINAL: À Ma Soeur
DIRETOR: Catherine Breillat
GÊNERO: Drama
ORIGEM: França
DURAÇÃO: 93 Min
ÁUDIO: Francês
LEGENDA: Português
COR: Colorido
TAMANHO: 700 Mb

Pensando a respeito do filme agora, eu até que gostei e criei um carinhozinho por ele; mas que é estranho, aah, isso é! E que final, gente, que final mais absurdo e inesperado. Mas comecemos pelo começo:
Anaïs (Anaïs Reboux) e Elena (Roxane Mesquida) são irmãs. Anaïs, doze anos, é uma versão prematura e sinistra de Bridget Jones. Esconde debaixo de suas várias camadas de gordura uma ácida, realista e madura, porém reprimida, visão de mundo. Elena, quinze anos, já exibe formas capazes de chamar a atenção dos homens. Todavia, a beleza do seu corpo esguio traz, também, a maldição de sentir inúmeras tentações numa idade de tantas incertezas.
Elena a escraviza, incentiva a gula de Anaïs. Esta sofre com a discriminação dos pais, mas encobre os namoros da irmã. Alguns poucos dias de férias, quando Elena decide perder a virgindade com o estudante italiano Fernando (Libero De Rienzo), bastam para abalar essa frágil harmonia entre cumplicidade e rivalidade.
A cena em que Anais se abraça nos corrimões da escada como se fossem homens ilustra de forma inteligente a volúpia represada da personagem. Segundo a diretora, esse é o retrato da própria adolescência, sexualmente afoita, que não quer mais ser uma criança, mas ainda não pode seguir as regras do mundo adulto. O filme expõe a complexidade do conflito, ao apresentar uma Anaïs sem moralismo, com dignidade.
Já o lado crítico da diretora aflora na outra ponta, quando exercita a ironia ao tratar das dúvidas da irmã. O magnetizante diálogo que antecede o sexo entre Fernando e Elena, quando o rapaz gasta longos minutos para convencê-la a se entregar, é emblemático. Ao explicar o relacionamento, Catherine pega mais pesado na questão da virgindade: Existe tanta culpa associada ao fato de querer transar, que a menina exige do parceiro palavras de amor, mesmo que ele esteja mentindo. Na verdade, ela pede que ele minta. Essa necessidade do mito do amor é um estupro psicológico.
Seguinte: para quem gostar do filme, vai achar (assim como eu achei no caso de Perfume, a História de um Assassino) que o diretor, roteirista, sei lá quem, o responsável criou uma história (no caso de Perfume, uma história fantástica) e não sabia o que fazer com ela, acabando com o filme de uma hora para outra sem se preocupar se ia fazer sentido ou não. Como acabar com um filme inteiro em menos de 10 minutos, é a mensagem que fica para nós (:
Bom Filme!
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