quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Ninguém pode Saber - 2004



NOME ORIGINAL: Dare Mo Shiramai
DIRETOR: Hirokazu Kore-eda
GÊNERO: Drama
ORIGEM: Japão
DURAÇÃO: 140 Min
ÁUDIO: Japonês
LEGENDA: Português
COR: Colorido
FORMATO: Avi
TAMANHO: 697Mb


Já perceberam que quando eu desembesto a postar um filme no mesmo dia eu acabo postando vários deles? ahaha Bom, desta vez, vamos de "Ninguém Pode Saber". Esse filme não é dos meus preferidos mas está entre os meus queridinhos asiáticos, um filme que eu posso recomendar sem problemas de consciência.



A história é legal, não é fácil de assistir, eu não me arrisco a dizer que serve para entretenimento, mas para quem gosta de filmes, além de proporcionar esse prazer, serve também como denúncia. O longa retrata através da história de 4 irmãos, o controle rígido de natalidade que acontece no Japão e na China, por exemplo, onde só é permitido um filho por família. Não sou especialista no assunto, mas sei que existem situações onde não é proibido, mas o governo só presta serviço médico, escola e etc para um filho, outras em que alguém é preso, e assim vai. Serve para conhecer a cultura também, sei também que existem casos em que o pré natal não é permitido ou alguma coisa assim, para que não seja descoberto o sexo do bebê: a preferência é sempre por meninos, no caso de meninas muitas mães abortam, pois depois de casada a mulher toma conta da família do marido, abandonando a sua e etc etc etc.


Sem contar a história eu já acabei passando todo o contexto, assim fica bem mais fácil (: O filme começa da seguinte forma: uma moça, junto de seu filho, vai a procura de alugar um apartamento. Feito isso, vai conhecer o proprietário do imóvel, apresenta "sua família", que até então é só ela e o menino Akira. Quando as malas e os móveis são despachados para dentro, TXÃRAN! Saem duas crianças de dentro da mala :O E depois, mais tarde ainda, a irmã mais velha aparece, junto do seu irmão Akira, que foi buscá-la na rodoviária, eu acho. No decorrer do filme a mãe some, e volta, some e volta, até que só some, não volta mais. Larga as crianças no apartamento com pouco dinheiro, sem nenhuma satisfação, apenas com um "volto logo" mentiroso. Nenhum deles tem condição de frequentar a escola, embora (pasmem, haha) essa seja a vontade de muitos ali; sua condição para existir, é a inexistência, é ser invisível, não fazer barulho, não sair, não falar alto.

Como já disse, não é um filme fácil, não por causa do ritmo lento ou da complexidade pela abordagem social profunda, mas por causa de tamanha tristeza, que em certos momentos dá até a impressão de ser tangível. Apesar de não ser uma história real, é tirada da realidade, talvez não tenha acontecido com 4, 5 crianças, mas temos a certeza de que muitos semelhantes estão por aí. Dói, rasga na carne, machuca a gente, principalmente quando somos obrigados a dizer: são apenas crianças.

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