terça-feira, 13 de setembro de 2011

Adaptação - 2002

Direção: Spike Jonze
Roteirista: Charlie Kauffman
Gênero: Drama/Comédia
Origem: EUA
Formato: Avi
Áudio: Inglês
Legenda: PT-BR


Salve! Em meio a uma bebedeira incrível no sábado, a muitas risadas, muitas porcarias faladas e acima de tudo uma tristeza estranha que eu soube bem esconder, o meu amigo e colaborador do blog Bruno Aramaki, falou umas 10 vezes sobre Chalie Kaufman e seus roteiros, dois dos quais já temos postados aqui no blog inclusive. Confesso que de início a história de Sinédoque Nova York me chamou mais atenção, entre os quais ele comentava, contudo Adaptação foi o que eu consegui ver primeiro, então vamos falar dele hoje, sem arrependimentos, o filme é ótimo, o melhor que vi por esses dias. 

O filme é outra parceria entre o roteirista com o diretor Spike Jonze, com quem trabalhou em "Quero Ser John Malkovich", o que já o credencia como uma boa aposta. O fato é que Adaptação é tão doido ou ainda mais singular que a primeira parceria deles, contando com a primeira e unica grande atuação de Nicolas Cage no cinema (hahaha opinião muito pessoal). Imaginem contar uma história dentro da outra, inventando alguns pontos bem grotescos e usando o seu próprio nome como fonte de atenção, pois é Kaufman não quis ser um surtado apenas na criação de roteiros, sendo assim seu nome estampa a figura mais bizarra do longa, e também a de um irmão gemio, que na vida real nunca existiu. No filme, ele o roteirista precisa adaptar a história de um livro sobre orquídeas para as telas, contudo ele acaba se envolvendo na história por trás do livro, descobrindo a relação entre a escritora e seu entrevistado, mudando completamente sua visão sobre os fatos, e para confundir ainda mais sua cabeça, ele não consegue desenvolver a história sem que se envolva nela.

O mais interessante é saber que todos os personagens a exceção de Donald, existem, contudo Kaufman brincou com a vida de todos, modificando suas histórias. Ele até consegue falar um pouco de flores, mas sua brincadeira vira um grande exercício de metalinguagem, confundindo em vários momentos nosso raciocínio sobre o que é real ou não, até mesmo no decorrer das cenas, afinal Kaufman tanto imagina quanto cria, e deixa diversas duvidas no ar. Donald por sinal, é o lado vendido do roteirista, para hollywood, o que até deixa claro que ele é um dos homens mais influentes do cenário, diferente de seu alter ego em Adaptação. Deve ter sido trabalhoso fazer um filme com tantas camadas, mas que cria um verdadeiro sentido ao nome utilizado, afinal ele fala sobre isso, sobre a capacidade de nos adaptarmos a vida, mesmo que tudo não passe de uma grande e inteligente brincadeira. Bom filme !!

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