sábado, 14 de maio de 2011

Splendor - 1989

Cineasta: Ettore Scola
Origem: Itália
Gênero: Drama
Áudio: Italiano
Legenda: Pr-Br (separada)
Formato: Avi


Salve !! Eu confesso que olho os marcadores e ainda fico incomodado com o numero pequeno de filmes italianos no nosso acervo, portanto tenho que preencher essa lacuna. Para isso só podemos contar com os melhores filmes já produzidos pela terra do vinho. Splendor chega a esse patamar, apesar das comparações com Cinema Paradiso, que com certeza ofuscaram sua popularidade, Splendor tem um brilho próprio, e acaba não só como um bom drama, mas como um acervo com parte importante do cinema pelo mundo, com suas muitas referências, dentre elas a Fellini, o maior diretor italiano, ou o mestre do cinema existencialista, Ingmar Bergman, um projeto mais arriscado que o perfeito Cinema Paradiso em todo o seu culto somente para com o cinema nacional. Vamos a sinopse, e um comentário posterior.

Jodan dono de um cinema, herdado do pai, em cidade do interior da Itália conhece o sucesso e acompanha com nostalgia e de mãos atadas o declínio de seu negócio. Dentre as dificuldades, recebe uma proposta para vender a sala para um outro ramo de negócio. Talvez seja a solução para pagar suas dívidas, embora seja o fim de seus sonhos.

O filme vai contando mesclando colorido com preto e branco toda a evolução do cinema Splendor, desde o inicio aonde eles exibiam filmes na rua, depois chegando ao seu ápice em um moderno prédio, até seu declínio proveniente da tamanha exposição de filmes na televisão, e a falta de interesse do publico. Além de focar esse ponto, o filme aborda a relação de seus personagens principais em um tom um tanto confuso, uma espécie de alusão clara aos filmes densos e sonhadores de Fellini, que é bastante citado, como eu já disse acima. Dessa forma lembranças se misturam a toda a melancolia do declínio, de um modo bem agil e nem sempre triste, é gostoso acompanhar os tempos afortunados do cinema, também a chegada do novo projetista amigo de Jordan e amante da companheira do mesmo, Chantal Duvivier, uma ex dançarina, arrebatada pelo dono do cinema. É engraçado que nesse meio de relacionamento, tudo parece absurdamente normal, e passa em segundo plano, mostrando que eles estão unidos pela tentativa de salvar o cinema. 

Tecnicamente é ai aonde paro, na alternância entre colorido e preto e branco, as vezes um tanto confusa, as belas tomadas, diálogos que se expressam em suas imagens de forma bem sincronizada, e a clara homenagem a Fellini, como eu já citei. Enfim vale a pena conferir um filme nem tão aclamado, pouco conhecido, mas carregando nomes de peso, o maior deles Marcello Mastroianni, em um filme repleto de história do cinema, para os cinéfilos de plantão passagem obrigatória por essa película. Como comentário final, é legal fazer um jogo consigo mesmo, e anotar mentalmente quais dos filmes exibidos no Splendor nós já assistimos. Bem é isso, bom filme !! 


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