sábado, 7 de maio de 2011

A Hora do Lobo - 1968

Cineasta: Ingmar Bergman
Gênero: Suspense/ Terror/ Drama
Origem: Suécia
Legenda: Português
Formato: Rmvb
Duração: 84min

“Os antigos a chamavam de ‘a hora do lobo’. É a hora em que a maioria das pessoas morre… e a maioria nasce. Nesta hora, os pesadelos nos invadem”.

Salve !! Preciso encontrar outro modo de cumprimentar, esse já está ficando manjado. Voltamos a falar um pouco mais sobre o diretor sueco, Ingmar Bergman, que sem duvidas é um dos mais versáteis cineastas que eu já vi. Até agora só vi três filmes dele, vou começar ainda hoje a trilogia do silêncio, contudo minha impressão até o momento é absolutamente positiva. Mas sem divagações, eu estou devendo inclusive mais posts sobre os diretores, o blog está bem carente de matérias, mas tudo a seu tempo, como todos que usufruem, eu ainda estou em fase experimental sobre alguns dos cineastas que já me tornei fã, então o melhor a fazer agora é falar sobre o filme. Aquela minha formula habitual, sugere uma sinopse e o comentário posterior, aqui vamos  nós. 

Um famoso pintor e sua esposa vão morar em uma ilha bastante afastada da sociedade. Lá, em meio a intensos conflitos psicológicos, em que ambos sofrem de insonia, o casal conhece um misterioso grupo de pessoas que passam a trazer angústias ainda maiores às suas vidas, levando-os a relembrar fatos passados e questionar a própria lucidez.

Bergman decide nesse longa abordar a complexidade psicológica de seu personagem, aonde ele cria todo um universo, e se isola por assim dizer daqueles que são próximos a ele. O pintor nos deixa em sérias duvidas a todo momento do que é irreal ou verdadeiro em termos de acontecimentos, até o próprio grupo que encontra na ilha parece ser fruto de sua mente perturbada. O mais interessante é sua esposa também tomar conhecimento do grupo, e sentir o efeito que eles causam sobre seu marido. Em uma cena ela transmite a idéia de conviver a tanto tempo com seu esposo, que poderia estar tento sintomas parecidos aos dele. contudo o clima de terror por volta de tudo que acontecesse nos deixa duvidas sobre o que realmente aconteceu ou não, até que ponto ela se envolveu no universo paralelo dele. Os personagens que dão terror a trama, foram previstos pelo pintor em seus desenhos, o que firma a tese de devaneios, e isso só passa a ser evidente no meio do filme, é aonde somos inseridos no mundo louco do pintor, até então acontecimentos estranhos nos deixavam de fora, apenas parecendo sem nexo.  A sentido de tudo é tão dubio que podemos chegar a supor que John (pintor) seja fruto da mente de Alma (esposa), e que tudo foi idealizado por ela, por isso toda a cumplicidade de pensamentos, ou o fato de ela também não dormir a noite. Mas tudo fica a beira das teses, firmando o fato de alucinações, brincando com o surreal para formalizar um terror, seja ele físico ou psicológico. Sei que estou sendo confuso, mas as margens de interpretação me dão esse fator, o de brincar com a idéia do filme. 

Para introduzir mais loucura a nossa analise, basta dizer que o filme é repleto de simbolismo, o medo de John pelo escuro, causado por sua infância, quando era trancado no armário, ou a morte do garoto, em que John mata sua própria infância, como um modo de se libertar dos medos, e entrar de uma vez por todas em seu mundo particular, aonde ele enfrenta seus próprio demônios (em resposta a suas aversões criativas)  tudo isso sendo demonstrado de uma forma mística, e brindando com a noite tudo o que pode tomar forma de um modo assustador. Irreal ou real, como podemos definir isso com precisão ? A pergunta de Bergman, com sua diversidade de pontos de vista sobre um possível diagnóstico é a chave do filme. Sem mais devaneios meus mesmo, posso estar tomando a direção errada, mas é até aonde pude chegar, interprete você mesmo, bom filme !!

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