quinta-feira, 7 de abril de 2011

A Ultima Gargalhada - 1924

CINEASTA: F.W. MURNAU
GÊNERO
: COMÉDIA/DRAMA
ORIGEM
: ALEMANHA
DIÁLOGO: S/D
LEGENDA
: S/L
DURAÇÃO: 77 MIN
COR: PRETO E BRANCO
FORMATO: RMVB


Expressionismo alemão, estamos evoluindo. Estranho, por essa linha de raciocínio para evoluir é necessário retroceder, no tempo, na origem de cada movimento. Engraçado porem necessário. Eu não vou falar tanto do expressionismo em si nesse post, visto que está prometido pra outra colaboradora falar um pouco mais detalhado em outra oportunidade. Nesse filme Murnau (já aclamado por Nosferatu) utiliza dos principais elementos do expressionismo tal como a expressividade do cenário, a importância da luz e da sombra e os temas mórbidos, ainda que de forma mais realista e orgânica, contudo tudo isso contrasta com uma nova escola que Murnau passou a adotar, chamada Kammerspielfilm, que visa  as sutilezas do drama psicológico, a tragédia social e o ambiente cotidiano do personagem, atributos que convergem para traduzir visualmente os seus conflitos emocionais, ou seja cada gesto, ou expressão são importantes, tal como no teatro. Para alguns isso marcou uma espécie de decadência do primeiro movimento citado, ao meu ver, a mescla ficou interessante, valorizou a interpretação dos personagens, criando um aspecto emocional que conduz um roteiro simples digno de estudo. É importante dizer que o cinema mudo necessita dessa característica que minimize a necessidade de diálogos(por motivos óbvios) e Kammerspielfilm visa justamente isso, logo podemos perceber que os subtítulos foram bem reduzidos. Bom como não tem mistério algum, vamos a uma sinopse do longa.

o filme conta a história de um idoso porteiro de hotel, orgulhoso de seu trabalho, que é rebaixado a criado do lavatório. O personagem todo garboso com seu uniforme, como o de um general, é tratado com grande respeito por seus vizinhos e familiares. Ele faz do hall do hotel o seu território onde empunha com imponência seu guarda-chuva, retira a capa de chuva como um rei e estufa o peito para receber e levar os hóspedes até a saída. Mas, quando tem dificuldades para carregar uma pesada mala, seu patrão não hesita em trocá-lo de função, o que resultará em efeitos desastrosos para sua auto-estima e para o seu prestígio social. Podemos notar com a sinopse que essa mescla de movimentos preza por um roteiro bem mais realista, com um toque emocional forte no cotidiano das pessoas. O filme fala da substituição do velho pelo novo, uma realidade até hoje. Vale apenas deixar como expectativa um final criado para o personagem principal que abafou toda a amargura da crítica. Bem é isso, espero que gostem !!

Um comentário:

  1. Valeu!Estava atrás desse filme para colocar no meu BLOG, destinado a estudantes de filosofia, ou não,abraço!

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