GÊNERO: SUSPENSE/FICÇÃO CIENTÍFICA
ORIGEM: EUA
DIÁLOGO: INGLÊS
LEGENDA: PT-BR
DURAÇÃO: 129 MIN
FORMATO: RMVB
Salve !! Vamos falar um pouco mais sobre Terry Gilliam hoje. Dessa vez julgo necessário iniciar com uma sinopse básica e já adiciono o meu comentário.
James Cole (Bruce Willis) vive em um futuro pós-apocalíptico em que um vírus obrigou os sobreviventes a viverem no subsolo, enquanto a superfície voltou a ser dominada pelos animais. Em uma mistura confusa de exploração e coleta de dados, ele é escolhido para voltar ao passado, na tentativa de descobrir a origem do vírus e, ao invés de impedi-lo de se espalhar, recolher uma amostra para que ele seja estudado pelos cientistas de sua realidade. Na primeira tentativa, ele acaba indo parar a seis anos antes do planejado, e conhece a Dra. Reilly (Madeline Stowe), uma psiquiatra que acaba simpatizando com o homem, tratado como louco e trancafiado em um manicômio ao lado de figuras grotescas como Jeffrey Goines (Brad Pitt), espécie de psicopata controlado com tendências paranóicas.
O cinema é um eterno aprendizado, mesmo que algumas obras passem a ser clichês tão usados quanto a frase inicial do meu post. Já vimos muito sobre ficção científica no decorrer dos anos, aonde cada vez mais se prezou pelo rigor técnico, contudo dessa vez toda a idéia de viagem no tempo, caos apocalíptico foram unidos a uma crítica bem formada, e um roteiro de tirar o fôlego, aonde mesmo se prezando pela estética, a importância do filme consiste em criticar a psiquiatria ou mesmo a definição de verdade e realidade. “A psiquiatria é a mais nova religião" fala uma das personagens centrais do filme em determinado momento, isso foca bem no rumo que tomo para essa resenha. Existe mais do que uma definição para verdade, e todas elas são baseadas no nosso conceito de realidade, um momento, um espaço que te leve ao que é definido por loucura pode deturpar tudo aquilo que se julgava possível. Os Doze Macacos frisa bem esse conceito, e brinca até mesmo com a certeza do espectador, quando confunde o protagonista, em determinado momento, somos tão próximos do mesmo, que passamos a reagir conforme as suas atitudes, desprendendo um pouco do conceito de ficção. Friso como destaque a cena do sanatório, que passa a ser peça chave para um terrível engano, construído em informações deturpadas. As interpretações são magníficas, principalmente do Brad Pitt e suas críticas ao que é considerado loucura, exibindo todo um estado de sanidade fora do convencional.
Importante tambem falar sobre tempo, espaço e alteração. O longa brinca com a manipulação do tempo, como uma espécie de recordação investigatória, podemos observar isso, dado ao fato de que nada foi alterado, tudo ocorreu mais uma vez como tinha que ser, e embora nossos personagens tenham lutado contra isso, tudo se encaixou perfeitamente como tinha que ser, ou seja ao mesmo tempo que o filme pinta um cenário lúdico, desmascara qualquer conceito de alterar o passado, deixando toda aquela idéia construída como um simples modo menos melancólico de reagir as nossas angustias passadas.
Uma dose certa para ficção nos dias de hoje, racional ao extremo tecnicamente, e emocionante ao ponto de se comparar aos filmes de Spielberg, sem perder o tom crítico e um trejeito de filme cult, recheado de bons atores e com Terry Gilliam no comando, esse é Os Doze Macacos. Um pouco do seu tempo, e da sua atenção para essa realidade, se lhe for conveniente...Sem divagar mais, um bom filme !!
Uma das "crias" do filme francês La Jeteé. Ótima resenha.
ResponderExcluirPOis é, ue vi um maluquinho comentando isso e fiquei com vontade de ver
ResponderExcluirMas umas das ótimas "insanidades" do Terry!!!!
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