Gênero: Drama
Áudio: Sueco
Legenda: Portugês
Duração: 100min
Formato: Rmvb
Salve !! Eu receio não ter começado como deveria com Ingmar Bergman aqui no blog, portanto resolvi ir um pouco mais a fundo e trazer um dos melhores de sua filmografia, um dos mais filosóficos inclusive. Um atributo que por si só já deixa o longa charmoso, é pelo fato de se passar em época medieval, um pouco a frente do término das cruzadas. Imagina um cenário aonde a peste devasta as pessoas e todos estão cansados de clamar para um Deus mudo. O nosso protagonista está longe de ser um herói, ele é apenas mais um revoltado com o silêncio divino, e clama para compreender o motivo da guerra, do sofrimento, a causa da existência humana. A Igreja parece não ter a resposta, os fiéis estão a ponto de auto-flagelação, Bergman nos mostra um estado caótico da ignorância do homem diante da fé, uma crítica que não é para Deus, e sim para as instituições religiosas, mais precisamente a Igreja Católica. Toda essa fórmula filosófica compõem o envoltório da idéia central, ou melhor daquele toque que difere uma boa história de tudo aquilo que já foi feito. Como se não bastasse toda esse conceito sobre o escuro em que viviam os homens, o filme ainda trás uma batalha de xadrez entre o nosso guerreiro protagonista e a morte. O jogo vai sendo dosado entre as cenas, entre a busca dele pelo sentido de sua vida, pela voz do Criador, e o que deixa tudo ainda mais emocionante é o fato de ambos nunca terem perdido uma partida. A morte fará de tudo para te-lo, para isso vale trapacear ou sempre estar em sem caminho.
O mais engraçado de tudo, ao que parece nem mesmo a morte ter certeza sobre outros seres divinos. Tudo é caótico, claustrofobico, até mesmo um ateu como o caro amigo que vos fala, consegue ver como isso tudo é desolador para uma sociedade que não tinha no que mais acreditar, se não em um Deus. Uma cena que me deixou atento, foi o fato de um artista que julga ter visões ter visto a morte, e no começo do filme afirmar ter visto a Virgem Maria, o que deixa aquele tom de dúvida sobre as intenções de Bergman, ou mesmo uma certa imparcialidade com respeito a crença de seus espectadores. Ainda brincando com simbolismo, Bergman coloca um pintor que expõem em sua obra tudo aquilo que as pessoas temem, demônios, a peste, o castigo divino, uma forma de repressão ao livre pensamento humano, levando todos desesperadamente a ficarem sob o olhar da Igreja. Citando nosso novo colaborador, Mirimo, é um filme medieval bem cru, com várias referências reais, tal como a bruxaria que era condenada com morte e afins. O ponto principal que diz que a morte um dia virá para todos, passa a ser mero aperitivo para uma lição de história impressionante. Ingmar Bergman acaba de ser honrado e entra para com o Sétimo Selo com um dos melhores filmes do nosso acervo. Uma boa aula, um bom filme !!
filme fóda!juntou as primeiras contestações religiosas do homem...pode parecer pouca coisa, mas essa curiosidade e esse medo que ele explora é o começo de uma revolução filosófica muito grande, ironicamente com a opressão da igreja
ResponderExcluirfóda demais!
Tenho esse filme em DVD e vou te falar que o filme não se resume só a clássica cena do jogo de xadrez o filme é toda uma alegoria sobre a vida em geral. It's Fuck!!!!
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