terça-feira, 26 de abril de 2011

A Igualdade é Branca - 1994

Direção: Krzysztof Kieslowski
Gênero: Drama/ Comédia
Origem: França, Polônia
Áudio: Francês/ Polonês
Legendas: Prtuguês
Formato: Rmvb




Salve !!  A Igualdade é Branca vem para fechar a trilogia das cores de Kieslowski aqui no blog. Mesmo que eu não tenha concebido isso na ordem correta, posso agora dispor de uma visão melhor sobre o feito do cineasta. Assim percebo que é um erro analisar cada obra por si, já que as três foram realizadas com um unico objetivo, analisar os termos da Revolução Francesa (liberdade, igualdade, fraternidade) o movimento que impulsionou o cinema humanista do diretor. Mas como eu não sou capaz de evitar desfragmentar as obras vamos a uma analise separada e conjunta. Antes julgo necessário uma sinopse.

Karol Karol (Zbigniew Zamachowski) é um homem que acaba de sofrer uma traumática separação. Depois de ser abandonado na rua e conhecer um compatriota generoso ele fica decidido a se vingar de sua mulher (Julie Delpy), ele volta à Polônia disposto a ganhar muito dinheiro, independente do que encontrar no caminho

A Igualdade é Branca, é o filme aonde Kieslowski entra no mundo da comédia, alguns críticos consideram o filme o mais fraco da trilogia, algo que eu não concordo, o tema foi tratado de modo mais descontraido, isso não é ruim. Ainda assim o cineasta é bem fiel aos seus trejeitos, todas as características de Kieslowski podem ser encontradas no filme, como a manipulação livre do tempo em determinados momentos da montagem. O plano de abertura, por exemplo, acompanha uma mala numa esteira de bagagem; somente após 20 minutos de filmes ficaremos sabendo o verdadeiro significado daquela imagem, e exatamente em que momento da história ela se situa. E não é só isso, para nos sentirmos em casa, por assim dizer, o diretor coloca em alguns momentos, personagens já comuns na trilogia, como a "velinha da garrafa" que aparece nos três, a viuva protagonista do primeiro, algo que tem o sentido simples de conectar as três situações, e o objetivo maior, a filosofia seguida em ambos, filmes que tratam da ética do encontro, das coincidências, da humildade de reconhecer erros, das pequenas epifanias cotidianas que às vezes vislumbramos, todos nós. São filmes delicados, que se valem muito mais da imagem, sendo pouco necessário a verbalização. Foi até onde pude chegar, só posso daqui por diante, desejar um bom filme !!

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