GÊNERO: DRAMA
DIÁLOGO: ITALIANO
LEGENDA: PORTUGUÊS
TAMANHO: 403MB
FORMATO: RMVB
Sabe, o bom de ir postando no blog, é a necessidade de ir descobrindo novos filmes, e a graça de as vezes contradizermos algumas de nossas resenhas, por conta das novas experiências com o mundo do cinema, experimentar, sentir, mudar, uma opinião ou apenas uma visão momentânea, não sei. Aliás poucas coisas eu tenho conseguido passar com eximia certeza ultimamente, e isso eu devo a vontade que tomou conta dos meus dias, a vontade de conhecer. O que todo esse prólogo quer dizer, é que mais uma vez eu descobri o meu filme preferido, e que o cinema italiano passa a me interessar de um modo especial. Sou um fã incondicional dos dramas bem montados, e que não se permitem exageros, e Cinema Paradiso conseguiu superar todas as minhas expectativas, um drama "a flor da pele", sem excessos. Sendo sincero, Cinema Paradiso é tão cativante, que as lágrimas teimosas não caíram por rebeldia, pois a mescla de sentimentos foi realmente forte. Esse é o meu texto mais pessoal eu suponho, portanto vamos retomar as régias do processo e descrever o filme, alguns detalhes, alguns momentos, todo o processo de modo simples.
Não pensem em uma história devastadoramente trágica, esse filme na verdade contem um roteiro simples, embora riquíssimo de citações, cercado de todo um momento histórico, desde a valorização do cinema, até sua decadência, com a chegada do videocassete, mas o ponto principal está por conta da vida de Salvatore, ou Totó como era chamado, e sua amizade com Alfredo, o projeccionista do Cinema local. Relata as dificuldades de sua infância, sendo de familia pobre, e seu pai estando morto na guerra, e valoriza seu interesse pelo Cinema Paradiso, sendo dessa forma que conhece Alfredo, um homem já machucado pela vida, que acaba sendo uma espécie de tutor para Totó, lhe ensinando tudo sobre as maquinas que rodavam os filmes, e com suas citações a filmes, dando ao garoto amor pela Sétima Arte. O Interessante é que tudo faz parte da memória de Salvatore Di Vitto, já adulto, um famoso diretor de cinema, o que deixa o filme ainda mais belo, já que ele traz ao decorrer do filme aquela pequena sensação de angustia, sabendo que o reencontro com Alfredo agora é impossível, já que o mesmo está morto. Aliás é desse ponto que o filme começa, a mãe de Salvatore liga para ele falando da morte de seu grande amigo, que ele não vê a mais de 30 anos, e ele começa a relembrar sua infância, como descrevi, e sua adolescência, aonde ele encontra o grande amor da sua vida, mas por pouco tempo, pois eles foram separados, pelo serviço militar, e o pai da moça, um ponto triste, eu realmente esperava o reencontro dos dois, mas Tornatore acertou em não realiza-lo, ficaria algo muito forçado, apelativo, e isso é o ponto forte do filme, o equilíbrio de tudo que envolve o drama. Apenas para frisar esse fato, até mesmo depois do acidente envolvendo Alfredo, a vida continua de modo a não ser tão horrível assim o acontecido, o que não vou adiantar, ou estaria matando qualquer expectativa com relação a isso.
Tecnicamente, o filme é muito bem filmado, com tomadas espetaculares, frisando bem cada expressão no rosto dos atores, focando seus mais fortes sentimentos, deixando ainda mais próximo o contato com o espectador, sem contar que esses italianos realmente superaram expectativas, com interpretações magníficas. O roteiro apesar de simples, também foi muito bem escrito, em moldes exatos, mas sem rigidez alguma, dando condições para prestarmos atenção até mesmo aos coadjuvantes, como o doido que se denomina dono da praça, ou Dom Ciccio, o salvador de uma das etapas da cidade, todos são muito bem explorados.
Cinema Paradiso fala de amizade, paixão, por uma pessoa ou por alguma coisa, não importa, na mente de Salvatore ficou seu grande amigo Alfredo, e o querido Paradiso, que aliás em ruinas protagonizou a grande cena do filme, sem dúvidas, a qual não vou contar é claro. Tornatore nos premiou com uma das mais belas obras que o drama já viu, ao meu ver a melhor, pois Cinema Paradiso, é uma história que mostra o cotidiano das pessoas, e brinca com o tempo de um modo "belo, mas triste" usando uma citação de Salvatore. Bem é isso, espero que gostem !!
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