terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A Lista de Schindler - 1993

CINEASTA: STEVEN SPIELBERG
GÊNERO: DRAMA/BIOGRAFIA/GUERRA
ÁUDIO: INGLÊS
LEGENDA: PORTUGUÊS
DIVIDIDO: 2 PARTES
FORMATO: RMVB
TAMANHO: 674MB


Primeiramente, é um prazer falar desse filme. Spielberg despertou meu interesse através desse longa, que o melhor que ele já fez, sem duvida alguma. Foi com esse longa que Spielberg levou 7 estatuetas, consagrando ele na academia.





O filme é de todo impressionante, até porque tudo ali é real, foi feito primorosamente em cima dos relatos de sobreviventes, portanto, tudo que você digere com o decorrer das cenas, realmente aconteceu, o roteirista Steven Zaillian, se baseou no best seller de Thomas Keneally e passou para as mãos do diretor um produto fantástico.




O filme foi reproduzido em preto e branco por conta da memória que Spielberg tem do nazismo, por todos os documentários que viu, por tudo que acompanhou, portanto ficou mais fácil para seu manuseio que fosse assim, e até mesmo para nós ficou mais compreensível e aceitável, nos dando ainda um elemento chave, que de certa forma coloca mais emoção no filme, a garota de vermelho. Por tantos judeus que morrem no decorrer das cenas, ela é posta como um marco, alguém do qual conhecemos a história, da qual podemos lembrar, pelo seu casaco vermelho, portanto o seu desfecho entre tantos fica evidente para quem assiste.




Falando um pouco do filme. Oskar Schindler (Liam Neeson), um sujeito oportunista, que se relacionava muito bem com o regime nazista, tanto que era membro do próprio Partido Nazista (o que não o impediu de ser preso algumas vezes, mas sempre o libertavam rapidamente, em razão dos seus contatos), convence um bom numero de judeus a financiarem sua fabrica, já que os mesmos não poderiam usar este dinheiro, por proibição do regime, com isso e seus contatos, Oskar se torna rico e poderoso. No entanto, apesar de suas falhas, ele amava o ser humano e assim fez o impossível, a ponto de perder a sua fortuna para conseguir salvar mais de mil judeus dos campos de concentração.




O filme havia sido oferecido a Martin Scorsese, contudo por não ser judeu ele rejeitou o posto de diretor, que anos mais tarde foi cair nas mãos de Spielberg, e mesmo sendo fã de Scorsese penso que não poderia ter sido melhor, esse é um dos poucos filmes que eu dou nota 10, perfeito. É isso, espero que gostem !!








18 comentários:

  1. Ahá! Melhorou o layout. Puta filme bão *-*

    A lista de Schindler é realmente a obra-prima do Spielberg. Brilhantismo desde a escolha na temática até o jeito que ele usou para adaptar um livro tão massante.

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  2. Seu texto (como diria o Doutor Chapatín) 'me dá coisas'.
    "O filme é de todo impressionante, até porque tudo ali é real [...] realmente aconteceu". Hã? O que é que vossa senhoria está chamando de "real"? A narrativa-espetáculo do Spielberg? Ora...

    Olha, com todo respeito, mas uma única indagação demoliria inteirinho o tal "real" do filme: onde estão os judeus? Ah sim, vc mesmo respondeu: "por tantos judeus que morrem no decorrer das cenas" só dando mesmo um realce avermelhado numa menininha (afinal, crianças sempre comovem, né?) para destacá-la da massa informe e putrefata. Não basta terem sido executados pelo nazismo, os judeus aí são desmaterializados como comunidade simbólico que fez coisas que ninguém sequer imagina nos campos. Mas não, no nosso imaginário (mediado por mister Spilberg) só cabe a figura do judeu-coitadinho-que-foi-massacrado ou do pobre-judeu-salvo-graças-ao-humanismo-alheio.

    Spilberg é bem preciso na cenografia, no enquadramento, no efeito visual do preto e branco; e é esse que é o problema: o holocausto virou aqui um produto embaladinho na prateleira das nossas representações, esvaziado de significado, domado, explicado, triturado e (pior de tudo) com lição de moral. Um final politicamente correto.

    Spielberg devia fazer-nos um favor e imitar o seu ET: voltar pra sua terra natal e passar o restante de seus dias em paz com os rios de grana que ele ganhou.

    (He he, desculpe pelo excesso. Me empolguei. Abraço).

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  3. Bem não é um final politicamente correto, é apenas uma pausa na história da propria humanidade, veja Schindler realmente salvou aqueles judeus, e a tomada principal era isso, Spielberg é sentimentalista, ele apela pra isso, todos nós sabemos, diferente de O Pianista, que é um filme mais frio por exemplo. Mas a tomada das cenas, o desenrolar da história é completamente adaptado de relatos reais, é obvio que não há possibilidade de tudo ser completamente cru, isso é um filme, é uma produção, no entanto teve exito até mesmo em reproduzir a história aonde ela mesma ocorreu, boa parte do cenário ainda existe. O sentido de real da qual me expressei integra todos os relatos que foram extraídos das vitimas, ou seja, correto ou não, elas pintaram essa imagem, Spielberg apenas maquiou um pouco, como qualquer cineasta faria. Abraço ! E quem é Elliot ? haha

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  4. Todo filme “mostra” um “algo” e o faz de determinada maneira. Então a pergunta que precisaria ser respondida, meu caro, é: por que "A lista de Schindler" é do jeito que é? Ou, melhor: que Holocausto é esse que aparece aí? Olha, porque as opções tentadas até hoje são plurais: o Holocausto-espetáculo do Spielberg, o Holocausto-burlesco de Benigni (“A vida é bela”), o Holocausto-populista do Jayme Monjardim (“Olga”), o Holocausto-humanista de Vicente Amorim (“Um homem bom”), o Holocausto-mnemônico do Lanzmann (“Shoah”). Todos eles têm pontos em comum; mas também há abismos imensos entre si. E a questão aí não é de serem mais ou menos “verídicos”, “fiéis”, “baseados em depoimentos” etc e tal, ou de serem crus ou maquiarem as cenas dos campos. Que Schindler tenha salvado aquelas pessoas não é nem mais nem menos relevante aqui do que saber se aquele mocinho-estereótipo da novela das oito tem alguma semelhança com indivíduos da sociedade brasileira. Isso é questão de conteúdo. O que eu quero trazer à atenção é um problema de forma. E a forma com que o filme processa o material bruto chamado campos de extermínio é um horror.
    É por isso que o filme não é sobre Schindler, mas sobre “A LISTA” de Schindler – e é só aí que os judeus podem ser encaixados: como alvos da caridade paternal de um homem que, depois de um dado tempo de vida, “desperta”, adquire “consciência” e se transforma. Ora, isso é um típico melodrama! (E é isso o que eu quis dizer com final politicamente correto, e não com respeito ao fim do filme ele mesmo). Só que o que aconteceu em Auschwitz, meu amigo, passou longe de um melodrama, com seus heróis e vilões. A história, como sempre, é bem mais complicada.

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  5. Eu não tiro sua razão a respeito de tudo o déficit de um filme para com a realidade, aliás você mesmo citou muitos filmes dos quais eu acompanhei, que também apelam para o lado sentimental, transformando de certa forma tudo em produto e sinceramente não vejo com maus olhos. Em porções de adaptações vemos o tamanho sofrimento dos judeus, e isso virou uma espécie de comércio, é até hoje algo vendavel, a história é algo que não acompanha a beleza que o cinema pode nos passar, ela é sempre mais dura, é claro, se é de todo o mau, cabe a analise de cada espectador, para mim, cansado do tema, por tanto que me interessei, veio a mim apenas mais um filme sobre o nazismo, porem contado de uma forma que me cativou, minha visão não é sobre o Holocausto em si, é sobre um filme, já que não costumo misturar ambos, mesmo que seja algo biografico, a história não pode ser relatada por cada ponto, por cada ato que realmente tenha acontecido, sempre haverão deturpações, uma visão particular, um interesse especifico, sendo assim mantenho a minha opnião. E mais uma vez pergunto quem é vc ?? huahuahuahua adoro debater ideías...

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  6. "Minha visão não é sobre o Holocausto em si, é sobre um filme". Ora, mas eu também só estou falando sobre o filme.
    E acho que vc não me entendeu - afinal, continua batendo na tecla do conteúdo/assunto do filme. Eu já disse antes que [abre aspas]é um problema de forma [fecha aspas].
    Quando digo que é um problema formal, não estou falando de ser sentimentalista ou de comparações e deturpações da "história real" (seja lá o que isso seja, pois os próprios relatos dos sobreviventes são representações de sua experiência pessoal). Estou simplesmente dizendo que a construção narrativa do filme (pelo roteiro, pela decupagem, sei lá) segue a lógica do melodrama clássico: a transformação do herói até o final da trama. Não estou desmerecendo isso. (Tem um provérbio espanhol que diz que não se devem pedir peras ao olmo; se é isso o que o filme tem a nos oferecer, que o faça bem).
    Mas isso significa analisar com o mínimo de rigor o caminho por onde Spielberg conduz o nosso olhar, porque, me desculpe, mas não é "apenas mais um filme sobre o nazismo", e sim um dos filmes que mais sedimentou o nosso imaginário sobre o Holocausto. (Minha hipótese: justamente por torná-lo um melodrama palatável). Tanto é que - posso estar enganado - mas nem vc consegue se desvenciliar dela.
    Recomendaria que vc assistisse (se achar e tiver saco) aos 503 minutos de "Shoah", do Lanzmann, pra ver outra possibilidade narrativa, que não é nem melhor nem pior, apenas outra possibilidade. (Pq, repito, não estou discutindo a "verdade" sobre o fato, mas a suas formas de representação)

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  7. Você citou sentimentalismo, vc citou forma que retrata o holocausto, e infelizmente se contradisse nessa ultima analise. Contudo compreendo ainda sim sua mensagem, e também compreendo os elementos que vc critica, e mesmo assim não os condeno, tudo ali foi necessário ao meu ver é claro, foi bem mais tragavel aos olhos do publico, afinal nem todos param para analisar, feito vc ou eu por exemplo.

    Seguirei seu conselho a respeito do filme que indicou, agradeço. Aliás não me vejo influenciado pela forma que Spielberg quis passar sobre o Holocausto, como já disse, me interesso muito pelo tema.

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  8. Finalizando: eu não me contradisse. Quem falou de sentimentalismo foi vc mesmo. Veja seus textos: "Spielberg é sentimentalista, ele apela pra isso, todos nós sabemos"; "[blá blá blá] muitos filmes dos quais eu acompanhei, que também apelam para o lado sentimental".
    Aliás, foi por isso que eu acentuei o comentário sobre a forma. "Forma" que uso aqui como uma possibilidade de interrogação sobre o filme (não a única, é claro). Forma não é "jeito" ou "maneira", não é nenhuma característica isolada da obra (como, de novo, o "sentimentalismo", ou a verossimilhança). A forma é a própria estrutura oculta do filme, que (como o nome diz) conforma, organiza o material em questão. Se vc quer ver análises que operam assim, leia qualquer uma do prof. Ismail Xavier (pro cinema) ou do Antonio Candido (pra literatura). Aí tente enxergar que estruturas formais (verdadeiras maquinarias) estão trabalhando n'A lista de Schindler, por um lado, e no Shoah, por outro
    Abraço.

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  9. "(afinal, crianças sempre comovem, né?)" uma frase resume o sentimentalista que compreendi

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  10. Eu to lendo O Discurso Cinematográfico do Ismaik Xavier, por sinal.

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  11. Dããããã. Já ouviu falar em ironia, sarcasmo, cinismo e afins, meu caro? Putz, se vc é sensível assim pros textos que lê, coitado do Ismail! Mais respeito com o velhinho aí...

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  12. Ironia, sarcasmo, sim sim, adoro usar deles, e compreendi seu sarcasmo, que ainda tem uma pontada do que me referi, mas enquanto a sensibilidade, eu chamaria que apenas observo detalhes

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  13. Por sinal, vc que me deu o livro né, correto ? ¬¬

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  14. Agora tu não fala nada né Elton ? Só pode ser vc hahaha, por sinal gostei da imagem que vc ta usando, O Iluminado *-*

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  15. Caríssimo, a questão não é de falar nada. Fiquei sem net. (E aí aproveitei pra limpar a casa).
    De qualquer forma, tu demorou pra sacar, né? Quantas antas com espasmos verborrágicos sobre cinema e história vc conhece?
    Bem, já que falamos de cine de massas, então uma frase de cine de massas: I will back...
    Abraço.

    PS: se vc tivesse visto meu perfil (o meu mesmo, ou será do outro, Tommy, teria percebido que lá tem um desenhinho do Dr. Strangelove, pra ficarmos todos no mesmo diretor).

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  16. Po, na verdade nem demorei, eu estava fortemente desconfiado, mas precisava ter certeza hahaha

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