quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A Fita Branca - 2009

Diretor: Michael Haneke
Gênero: Drama/Suspense
Idioma: Alemão




Vencedor da Palma de Ouro de Cannes, Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro. Concorreu ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Fotografia.



Quando ouvi falar do filme a primeira vez, em 2010, já havia me interessado porém nunca fui atrás. Eis que vou na locadora e encontrou uma cópia única na prateleira. Em meio de filmes como "Piranha", "Encontro Explosivo", "O Último Exorcismo" e mais outros 5 sobre assombrações, não tive dúvida, mesmo que eu não quisesse ver A Fita Branca eu não tinha outra opção: ou perdia a viagem e voltava pra casa (tá que a locadora fica a 2 quadras daqui) ou pegava esse filme.


A narrativa é feita pelo professor da aldeia em que os acontecimentos se passam. Uma narrativa posterior, pela voz dele nota-se que eles já está com certa idade. Porém em 1913 ele tem 31 anos, pra quem tem noção de história o mundo estava perto da I Guerra Mundial, lógico que o clima era de paz ainda nessa época. A aldeia vivia pacificamente até que começam a acontecer alguns episódios, a primeira cena é o acidente do médico da aldeia e a partir daí outros casos se sucedem.



Temos como personagem além do professor:


O médico que perdeu sua esposa e vive com os 2 filhos.
A parteira que ajuda o médico no consultório e tem um filho com deficiência mental.
O pastor protestante que vive com sua grande família e é extremamente disciplinador.
O barão que é dono da fazenda onde a maioria das pessoas da aldeia trabalham, mora com sua esposa e filhos.
As famílias submissas ao barão.
Entre outros que surgem no decorrer.

É muito interessante a forma como o filme se dá, com várias tomadas fixas com a câmera no máximo se movimentando levemente para os lados. O preto-e-branco é não é usado em vão, ajuda a dar a atmosfera pesada que o filme toma. Não no sentido de terror, mas de apreensão e angústia. Todo o clima pré-guerra, como se lentamente as coisas tivessem andado para isso naquele vilarejo.


O final é digno de uma discussão posterior. É pra se pensar, como acabei de assistir ainda estou pensando no significado.

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Um comentário:

  1. Um filme magnífico. Só me incomoda a demasiada "pureza" do narrador (afinal, é por seus olhos que nós vemos tudo acontecer naquela vila). E isso é fundamental pro caminho que a trama vai tomar e o seu desfecho.
    Haneke jurou de pé junto que o filme não é sobre as origens do nazismo. Talvez. Talvez ele quisesse dizer que não é só sobre o nazismo. É sobre a origem da maldade, em qualquer tempo, em qualquer lugar.

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