quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Laranja Mecânica - 1979

CINEASTA: STANLEY KUBRICK
GÊNERO: DRAMA/FICÇÃO CIENTÍFICA
ÁUDIO: INGLÊS
DURAÇÃO: 138 MIN
FORMATO: RMVB

Violência, ultraviolência, somos tão bem apresentados a essa definição no decorrer das cenas, não apenas no sentido físico, como podemos conferir excessivamente na primeira parte do filme, como também no sentido psicológico usado de modo agressivo, cínico, hipócrita, denunciando todo o egoísmo em um visionário ou deturpado entendimento, ou definindo melhor estudo sobre a sobre a sociedade.





Passando vagamente a história do filme. Alex (Malcolm McDowell), líder de uma gangue de delinquentes que matam, roubam e estupram, por diversão, cai nas mãos da polícia. Preso, ele é usado como cobaia em um experimento destinado a bloquear seus impulsos destrutivos, após reformulado ele acaba se tornando impotente para lidar com a violência que o cerca. Apenas por esse pequeno resumo vemos apenas uma das intenções "inocentes" do filme. Analisando os fatos, a concepção de regeneração da sociedade é banalizada, dando até mesmo a entender, que esse não é um caminho viável, pois é como todas as maquinas governamentais já fazem com os seres humanos, elas nos robotizam, nos condicionam e determinam nossas escolhas. Alex é um personagem manipulado a contrariar a sua visão de mundo, e com isso limita-se a não ser mais ele mesmo, perdendo até mesmo o gosto pela música, o ponto que marca sua personalidade. Não sei se viajei, mas Kubrick lançou uma crítica poderosa a todas as formas de repressão que ainda nos manipulam, contada de uma forma sensacional explorando um pouco a ficção.




Não é o melhor trabalho de Kubrick, talvez o superestimado de sua filmografia, talvez seja um dos contextos mais óbvios que ele decidiu explorar, ou não como diria um certo amigo, contudo não podemos desprezar a absurdamente fantástica técnica de filmagem que ele explora, simplificando já que não sou nenhum expert, o cara cria o ambiente que quer da maneira que quer. Fora as cores berrantes, sempre propositais na maioria de seus filmes, isso definitivamente chama atenção. Bem é isso espero que gostem !!




9 comentários:

  1. Vou ter que discordar de vc (e consequentemente concordar com esse seu amigo do 'ou não'...). A coisa não é tão óbvia assim não.
    Mas só sigo adiante depois de propor um desafiozinho: por que o nome 'Laranja Mecânica'?

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  2. A Clockwork Orange é uma expressão da gíria cockney, que denomina o desajustado agressivo e desequilibrado, que odeia as instituições e os seres e os agride, inclusive físicamente, mas por razões puramente psicológicas, sem nenhuma politização nem ideologia.

    Eu andei pesquisando sabe...Mas vc deve ter compreendido que eu tentei buscar dois caminhos, percebeu né ? Abraço Elton, e tu bem que podia vir elogiar de vez em quando né hahaha

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  3. Vale citar que eu nem ao menos falei do comportamento do Alex como algo justificavel, "uma gangue de delinquentes que matam, roubam e estupram, por diversão". Meu foco não foi esse propriamente.

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  4. Ponto pra vc. (Vai guardando aí, os pontos e as observações).
    Agora mais umazinha então: vc reparou que o olho tem um papel importante no filme? Dois planos marcantes: Alex nos retribui o olhar no começo, e os olhos arregalados no tratamento Ludovico (aliás, que é olhar imagens). Hum... Será que tem coisa aí?

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  5. Ainda não? Então tome umas pistas.

    1. Como dá pra ver pelo debate entre o ministro e o capelão depois do tratamento Ludovico, o assunto do filme é a dificuldade de solucionar o conflito entre o espaço da liberdade individual e a ordem social.

    2. O lugar do Beethoven: supostamente, a educação dentro das expressões da "civilização" (tal como a escolar tenta realizar, ao nos apresentar as artes e as letras como "patrimônio cultural da humanidade") serviria para conduzir o indivíduo ao refinamento de conduta. O que não é o caso do Alex. Há um curto-circuito aí. Por isso, a prisão: nada além do que outra instituição (tal como a escola) feita para a educação dos corpos e para o bom funcionamento do Estado.

    Mas que prisão é essa?
    Mais uma chance pra vc.

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  6. Ainda não ? rsrs eu nem tinha visto sua replica na verdade, mas acho que vc ta batendo na mesma tecla que eu, encarou o filme da forma como eu encarei

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  7. Encarou sim, eu concordo com a sua visão, eu só não gosto de me exceder nos posts, resenha pra qualquer um entender, é o que basta pra mim, mas se quiser conversar sobre o filme pessoalmente, é nóis sinhôzinho huahuahuahua

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  8. Ou não.

    Motivo: que visão? Eu só dei três fragmentos soltos; nenhuma interpretação até aí. Afinal, vossa senhoria não respondeu à minha pergunta: o que quer dizer o olho, se é que quer dizer algo?

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