domingo, 5 de abril de 2015

Videodrome - 1983


Nome original: Videodrome
Origem: EUA / Canadá
Direção: David Cronenberg
Roteiro: David Cronenberg
Gênero: Suspense / Ficção Científica

Fortmato: Avi




Sinopse: Max Renn (James Woods), dono de uma pequena emissora de televisão a cabo, capta imagens de pessoas torturadas e mortas. Logo ele descobre que a transmissão se chama Videodrome, é gerada em Pittsburgh e é muito mais que um mórbido show. Trata-se de um experimento que usa a televisão para alterar permanentemente as percepções das pessoas, causando sérios danos no cérebro.



Citação do filmeA batalha pela mente da América do Norte será travada na arena dos vídeos, o Videodrome. A tela da televisão é a retina da mente. Portanto, a tela da televisão é parte da estrutura física do cérebro. Portanto, o que aparece na tela da televisão surge como pura experiência para aqueles que assistem. Portanto, a televisão é a realidade e a realidade é menos do que a televisão.
Acho que este desenvolvimento na minha cabeça, esta cabeça, esta aqui, não acredito que seja realmente um tumor, uma forma borbulhante descontrolada de carne, mas que seja, na verdade, um novo órgão, uma nova parte do cérebro. Acho que doses maciças do sinal do Videodrome criarão um novo desenvolvimento do cérebro humano, que produzirá e controlará a alucinação a ponto de mudar a realidade humana. Afinal, não há nada real, além de nossa percepção da realidade.
David Cronenberg bem reconhecido pelo filme  A Mosca, possui algum tipo de obsessão pela carne, no decorrer de sua filmografia o tema torna-se recorrente, principalmente em suas cenas mais bizarras. Essa exposição pode causar estranhamento de inicio, mas a cada um de seus longas, essa referência as fraquezas humanas e ao poder orgânico dão o tom que o artista tanto procura a vida toda, sua marca. O diretor parece advindo da escola de David Lynch, quanto ao padrões de seus roteiros, embora Cronbenberg seja mais palpável e Lynch um tanto mais surreal. Em Videodrome, sua parte focada na realidade crítica evidentemente a comunicação televisiva e a absorvição do público, daquilo que é passado, sim somos marionetes controlados por meios de comunicação, mas longe de parecer obvio em seus cunhos sociais, ele apresenta Videodrome, um canal macabro de tortura, mais do que isso, um experimento que manipula as mentes de seus espectadores, que alucina  alterando as percepções. Videodrome é um câncer, videodrome é a manipulação em mentes passionais, é a nossa televisão, as nossas mentes pré-condicionadas. 

Outro fator que Cronbenberg poderia assinar fácil, tamanha sua capacidade de execução, é no tema: perda de racionalidade. Veja, seus personagens sofrem no decorrer de seus filmes, enorme depreciação psicológica, que fica custoso decidir entre aquilo que ele vê e o que pode ser, ou seja, acompanhamos a visão dos mesmos e passamos a duvidar da realidade dos fatos, até onde podemos acreditar, até onde podemos ir? Não sei, depende do quanto se está são, o personagem ou você, o capturado, a carne fraca, a presa de Cronemberg, ou do Videodrome, das alucinações convenietenstes quem sabe? A complexidade da mente e a fraqueza da carne. Eis o mundo de um diretor grotesco e é ai que Lynch o compreende bem.


O filme tem uma fotografia muito parecida com a de filmes b, diferente do gênero no entanto, essa linha meio suja, aqui, torna o cenário mais obscuro, carregado de terror. Para colaborar com a construção,e as características de ficção, possíveis, o responsável pelos excelentes efeitos de maquiagem em Videodrome foi o especialista Rick Baker, um dos melhores profissionais dessa área no mundo cinematográfico. O americano Baker nasceu em 1950 em New York e é o responsável por trabalhos premiados com o cobiçado Oscar em Um Lobisomem Americano em Londres (1981) e com Homens de Preto (1997) e O Grinch(2000). Ele especializou-se em filmes fantásticos contribuindo significativamente para a realidade dos diversos monstros do cinema como os apes de O Planeta dos Macacos (2001), e o lobisomem do remake homônimo.  No elenco destaca-se o experiente ator James Woods, cuja carreira já passa dos 130 filmes. Americano nascido em Utah em 1947, Woods participou de outros filmes de horror como Olhos de Gato (1984), com um conto inspirado em Stephen King e Vampiros (1998), de John Carpenter. Videodrome,também possui elementos de ficção ciêntica, sexo, ação, ou seja é um longa ágil que não perde o charme dos anos oitenta, alias parece justamente um representante a altura de uma época que o lado sombrio era interessante e cultuado tanto nos filmes quanto na música.


sábado, 4 de abril de 2015

Moonrise Kingdom - 2012

Diretor: Wes Anderson
Origem: EUA
Gênero: Aventura, Comédia, Romance
Idioma: Inglês
Legenda: Pt-Br
Duração: 94 Min
Formato: mp4 + legenda separada




Olá galera! Volto depois de muitos meses sem postar, um pouco enferrujada confesso, mas com muita disposição para trazer ao Cinepub os melhores filmes que tive a oportunidade de ver. Para essa reestreia nos posts, trouxe um longa que já estava pensando há um bom tempo em publicar aqui no blog, já que nosso acervo com o Wes Anderson ainda está bem fraquinho, nada mais que Moonrise Kingdom, um dos últimos trabalhos do diretor.

A história se passa em uma ilha nos anos 60, dois jovens de 12 anos de idade, Sam e Suzy, se apaixonam e traçam um plano para fugirem juntos. Como Sam é um escoteiro ele possui algumas habilidades para sobreviver na natureza, mas logo as autoridades da cidade começam uma busca para encontrar os dois já que acreditam que estes foram sequestrados. O roteiro é assinado por Wes Anderson e Roman Coppola e tem a partir dessa divertida situação um trabalho muito interessante na caracterização das personagens e nas viradas do enredo.

Falando um pouco sobre a direção, Wes Anderson nos conduz ao universo dos anos 60, mas com todo seu estilo de fazer cinema, por muitas vezes os planos de câmera que mostram em plano geral o movimento das personagens se assemelham a outros filmes do diretor como sua assinatura. A direção de arte, assinada por Adam Stockhausen é assertiva em ambientar o publico na jornada de Sam e Suzy, com uma paleta de cores que está em total sincronia com a narrativa e a trilha sonora, vemos um trabalho muito interessante com cores e texturas que saltam na câmera e acompanham as excentricidades que acontecem cena a cena.

Passando para o elenco, contamos com atores bem conhecidos como Bill Murray, Bruce Willis, Tilda Swinton e Edward Norton, mas tem como protagonistas dois atores iniciantes, Jared Gilman e Kara Hayward, que aguentaram o poso do elenco e, numa opinião pessoal, foram os destaques no elenco pela bela atuação.

Moonrise Kingdom é um filme muito bem explorado e coeso, que como resultado se torna um longa imperdível para quem gosta de cinema. Se você quer uma boa história, com uma bela arte, com uma trilha sonora incrível e com atuações muito convincentes (dentro deste insano universo narrativo, é claro), esse é seu filme para o fim de semana. Boa sessão!

sábado, 15 de junho de 2013

Além da Escuridão - Star Trek (2013)

Direção: J. J. Abrams
Origem: E.U.A
Gênero: Aventura/Ficção
Idioma: Inglês
Legenda: Pt/Br
Formato: Rmvb



Além da Escuridão - Star Trek

Há do que se reclamar. Mas é tão pouco que mal vale em contexto.

A realidade paralela dirigida por J. J. Abrams divide umas duas ou três características com "Os Vingadores", outras mais com o legado de Star Trek e inúmeras com o coração dos fãs. J. J. Abrams nos brinda com uma aventura de ação refinada a um ponto que ela deixa de ser alegórica, e faz parte importante da trama. E isso é raro. Mas vamos em frente.

Em sua nova missão, a tripulação da nave Enterprise é enviada para um planeta primitivo, que está prestes a ser destruído devido à erupção de um vulcão. Spock (Zachary Quinto) é enviado para dentro do vulcão, onde deve deixar um dispositivo que irá congelar a lava incandescente. Entretanto, problemas inesperados fazem com que ele fique preso dentro do vulcão, sem ter como sair. Para salvá-lo, James T. Kirk (Chris Pine) ordena que a Enterprise saia de seu esconderijo no fundo do mar, o que faz com que a nave seja vista pelos seres primitivos que habitam o planeta. Esta é uma grave violação das regras da Frota Estelar, o que faz com que Kirk perca o comando da nave para o capitão Pike (Bruce Greenwood). A situação muda por completo quando John Harrison (Benedict Cumberbatch), um renegado da Frota Estelar, coordena um ataque a uma biblioteca pública, que oculta uma importante base da organização. Não demora muito para que Kirk seja reconduzido ao posto de capitão da Enterprise e enviado para capturar Harrison em um planetóide dentro do império klingon, que está à beira de uma guerra com a Federação.

Se já mencionei a ação, vou abordar mais a trama que ela casa. Roberto Orci e Alex Kurtzman fazem um roteiro muito bom, em que a aventura é levada com um clima mais pipoca. Mas ainda assim, humano. A diferença que faz "Star Trek" não ser inferior a "Star Wars" é essa: Enquanto a obra de George Lucas, prima pela epopéia sonhadora e fantástica, a obra de Gene Roddenbery se concentra em humanizar as situações de seus personagens fantasiosos. Os personagens e seus sentimentos são mais importantes que a própria Enterprise. E aqui está uma das semelhanças com "Vingadores" que Star Trek tem. Há diversas situações, em que nada é apresentado. A trama de seus personagens apenas acontece, e flui. Em doses diferentes, isso funcionou nos dois filmes.

Porém tem a ausência de um cânone central de Star Trek. A filosofia abordada em seus roteiros únicos. Os episódios da série clássica abordavam temas sociais mais fortes do que muitos filmes de ficção científica da atualidade. Eu creio que em "Além da Escuridão" a filosofia ficou mais contida na moral de seus personagens, do que no todo que englobavam.

Acho que todo mundo já sabe quem é o personagem de Benedict Cumberbatch. Mas não vou falar, só pra respeitar o protocolo. Basta dizer que outra diferença é que ele é um personagem solto. Em "Jornada nas Estrelas - A Ira de Khan" tinhamos mais noção desse grande personagem. Mas aqui, mesmo que rápido, a atuação de Cumberbatch é ótima. Tinha gente o comparando ao Coringa de Heath Ledger (Mas na verdade, tudo é comparado com aquilo agora.) Mas eu asseguro, a única semelhança de ambos é que só são frenesi. Não possúem início e nem fim. Apenas o meio. Cumberbatch até tem início, mas como citei, está solto dele. Sua postura e trejeitos são os de um Loki do Tom Hiddlestone em um dia de péssimo humor. Essa é a outra e última semelhança com Vingadores. Além de Benedict, assim como Hiddlestone, será o próximo ator feio a cair no gosto das garotas nerds dessa geração. Mas assim como tal, será lembrada.

E assim como o resto do elenco, a verdade reconfortante. Nenhum é a sombra dos seus predescessores. Chris Pine é o Kirk dali, Zachary Quinto é Spock, Zoe Saldana é Uhura , Karl Urban o Dr. McCoy. Nada de reflexos pálidos. Cada um honra seu papel. Só me incomoda a perfeita Alice Eve não ter tanta relevância a trama. Longe de mim reclamar dela estar ali pra aparecer de calcinha e sutiã, mas pensei que a adida fosse mais significativa. Mas não creio que seja um erro. Afinal, se tem uma coisa que os coadjuvantes fazem em Star Trek, é "coadjuvar". Chekov (Anton Yelchin) e Sulu (John Cho) provam isso.

As sequências de ação (Na Terra e no espaço.) com um 3D competente e um CGI cuja qualidade todos já sabiam, e lutas finais são perfeitas, e a trilha sonora de Michael Giachino é a provavelmente a única rival à altura da trilha de Hans Zimmer para "O Homem de Aço". Espero por uma merecida terceira parte. E fico cada dia mais apreensivo pela presença de Abrams apenas como produtor. Já que estará com a mente concentrada no próximo Star Wars. Quem receber a direção da USS Enterprise, terá que honrar essa série revitalizada e seu legado. E quem sabe, só ousar um pouco mais no roteiro. Mas se manter esse nível está ótimo também.

E é ressaltando a sempre bem-vinda aparição de Leonard Nimoy que eu digo:


Vida longa e próspera.

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domingo, 7 de abril de 2013

Era Uma Vez No Oeste - 1966

Direção: Sérgio Leone
Origem: Itália-EUA
Gênero: Faroeste
Legendas:´Pt-Br
Formato: Rmvb




Olá a todos! Ando sumido aqui do blog, mas vim hoje contribuir com essa bela obra de Sérgio Leone.

Uma dança da morte em um cenário de anti-heróis.


Sérgio Leone tem em sua carreira uma maneira divertida/longa/caricata de fazer Faroeste Espagueti. Mas nesse trabalho ele entoa um tom mais seco e arrastado. Como morrer no deserto.

Uma história de 4 vidas entrelaçadas numa história grande (2:40 min), que de certa forma fazer uma dança da morte. O filme se conta quase sem palavras no início, porque quer dar a impressão de que alguém está prestes a morrer. E está mesmo.

O assassino frio e calculista Frank (Henry Fonda), O homem misterioso chamado de Gaita (Charles Bronson), A prostituta (Cláudia Cardinale) e o bandido sem caráter Cheyene (Jason Robards). Todos nessa ciranda que retrata o fim próximo do Oeste e a chegada da industrialização.

O filme requer uma paciência no início, mas é um conto interessante. As paisagens são fantásticas e a Trilha sonora de Ennio Morricone dão um show misturadas aos jogos de câmera de Sérgio Leone.

Cláudia Cardinale é de fato a personagem principal, mas ela acaba sendo o gancho que leva a vida dos 3 homens da história em colisão.

Charles Bronson realiza aqui o melhor papel de sua carreira estilizada em filmes de ação. Sua inexpressividade até o ajuda.

Jason Robards dá um carisma ao personagem Cheyene, com uma mistura de mesquinho e corajoso. A cena em que ele compara a personagem de Cláudia Cardinale com sua mãe e os embates com Charles Bronson em cena dão total noção do que ele é.

Já Henry Fonda, surpreende quem conhece a sua carreira. Com filmes como As Vinhas da Ira, e Jezebel. Sempre fazendo mocinhos, faz aqui o único vilão de seu currículo. É uma de suas melhores interpretações. Seu olhos azuis e seu andar na primeira cena, dão a impressão de uma ave carniceira e asquerosa.

Todo o pano de fundo desse filme é quase um relato histórico de uma época indo embora e dando lugar á outra. Tem uma sensação de despedida misturada á morte... e vingança.




Bom filme!!!

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quinta-feira, 28 de março de 2013

A Viagem - 2012

Direção - Andy Wachowski, Lana Wachowski e Tom Tykwer
Gênero – Drama e Ficção Científica
Origem – Alemanha, EUA, Hong Kong e Singapura
Duração – 171 minutos
Formato - RMVB
Idioma - Inglês
Legenda - Português



Olá Pessoal! Venho trazer mais uma resenha aos leitores do CinePub Café. Desta vez falarei do filme “A Viagem”, uma produção bastante complexa de ser analisada. Portanto convido cada um de vocês a embarcarem nessa viagem comigo. Preparados?

O filme foi baseado na obra do excelente escritor inglês David Mitchell e recebe o nome original de Cloud Atlas, traduzindo para o bom português “Nuvem Atlas” ou “Atlas das Nuvens”. Mais uma vez, infelizmente a tradução por aqui falhou novamente. Dessa vez não atrapalhou a mensagem nem o sentido da obra em si, mas em outras situações isso distorce bastante as coisas, confundindo os espectadores até certo ponto.

No livro lançado em 2004, o autor conta seis diferentes histórias que vão desde o remoto Pacífico Sul no século XIX até chegar a um futuro pós-apocalíptico. Ao longo das 544 páginas o autor nos mostra cada uma das cinco primeiras histórias que são interrompidas em um momento chave. Cada história depois de contada é observada em seguida pelo personagem principal da história seguinte. Depois da sexta história, as outras cinco histórias são retomadas novamente desde o começo, só que dessa vez em ordem cronológica inversa e cada uma termina com seu respectivo protagonista observando o desfecho da história anterior. Por fim os leitores terminam o livro onde tudo começou com o personagem Adam Ewing no século XIX na região do Pacífico Sul.

David Mitchell disse certa vez que não seria possível realizar uma adaptação da obra literária para o cinema, pois no livro é contada de um jeito bastante particular e único. Portanto, o filme não conseguiria atingir essa proposta. Atualmente em Outubro de 2012 em um artigo intitulado “Traduzindo Cloud Atlas” escrito para o jornal Wall Street Journal, Mitchell disse que estava satisfeito com o resultado final do filme, pois conseguiu de forma bem sucedida à conversão da obra em livro para o cinema.

Será mesmo que o filme cumpriu essa proposta? Saberemos a seguir!

Confesso que minha ansiedade era muito grande para ver na telona como essa história seria contada pelos irmãos Andy e Lana Wachowski (Trilogia Matrix) e Tom Tykwer (Corra Lola Corra e Perfume: A História de um Assassino). Eles escreveram, produziram e dirigiram o filme.

O mais interessante disso tudo é que esse trio resolveu contar a história de uma forma diferente da apresentada na obra original. Ao invés de seguir a ordem cronológica como apresentada no livro, eles resolveram contar as seis histórias sem seguir essa ordem, ou seja, de forma aleatória. Isso pode ser visto durante todo o filme e com toda certeza dará um nó na cabeça de muita gente que não está acostumada a assistir filmes de Ficção Científica ou estiver desatenta de certa forma em algum momento ou com relação a cada detalhe do filme. Sem dúvida essas pessoas estarão completamente perdidas ao longo da trama e sairão do cinema com a sensação de que o filme foi ruim ou completamente difícil de entender. Portanto, fiquem atentos a cada detalhe pessoal.

As seis histórias que os espectadores acompanharão são:

1) Ano de 1849 mostra uma história sobre escravatura onde o destaque fica por conta do “Movimento de Abolição da Escravatura”;

2) Ano de 1936 mostra uma história sobre um amor homossexual proibido e a criação de uma obra prima musical chamada “Sexteto Nuvem Atlas”;

3) Ano de 1973 mostra uma investigação jornalística sobre usinas nucleares na cidade americana de São Francisco;

4) Ano de 2012 mostra uma comédia sobre um grupo de idosos que tentam fugir de um asilo;

5) Ano de 2144 mostra a nova cidade futurista de Seul, contando a história de uma atendente que trabalha numa cadeia de restaurantes e que por fim acaba tornando-se líder de uma grande revolução;

6) Ano de 2321 onde mostra um lugar chamado “A Ilha Grande” datada na história 106 invernos após “A Queda” onde mostra uma sociedade primitiva chamada “O Vale”, depois que a maior parte da humanidade morreu.

A complexidade da história vai além e mostra diferentes personagens em muitas épocas diferentes. Mostrarei aqui os atores que foram bem sucedidos na obra e que merecem grande destaque devido suas atuações em seus respectivos papéis. Foi uma grande sacada aproveitar os atores para fazerem mais de um papel no filme. Os espectadores curiosos ficarão felizes com isso. Abaixo listei o nome e os papéis de cada um deles.

Jim Sturgess - Adam Ewing (1849), Torcedor rebelde (2012) e um herói (2144);

Doona Bae - Tilda Ewing (1849), Uma Mexicana (1973) e Sonmi-451 (2144);

James D’Arcy - Rufus Sixsmith (1936), Rufus Sixsmith (37 anos depois), Enfermeiro James (2012) e o Arquivista (2144);

Halle Berry - Maori (1849), Jocasta Ayrs (1936), Luisa Rey(1973), Uma indiana (2012), Ovid (2144) e Meronym (2321);

Jim Broadbent - Capitão Molyneux (1849), Vyvyan Ayrs (1936), Timothy Cavendish (2012), Pobre Músico (2144) e um Presciente (2321);

Hugh Grant - Reverndo Giles Horrox (1849), Funcionário de um hotel (1936), Lloyd Hooks (1973), Denholme Cavendish (2012), Seer Rhee (2144) e um Canibal (2321);

Hugo Weaving - Haskell Moore (1849), Tadeusz Kesselring (1936), Bill Smoke (1973), Enfermeira Noakes (2012), Boardmen Melphi (2144) e Old Georgie (2321);

Tom Hanks - Dr. Goose (1849), Gerente de Hotel (1936), Isaac Sachs (1973), Dermot Hoggins (2012), Timothy Cavendish (2144) e um Pastor de Cabral (2321);

No filme muitas frases de efeito serão mostradas durante as seis diferentes histórias. Gostaria de compartilhar algumas delas com vocês. Elas são ótimas para reflexão. Vejam algumas delas:

“Ser, é ser percebido. E assim, para conhecer a si mesmo só é possível através dos olhos do outro. A natureza de nossas vidas imortais, está nas consequências de nossas palavras e ações, que vão, e estão se esforçando à todo instante.”

"Este mundo tem uma ordem natural, e aqueles que tentam subvertê-la não se dão bem."

"Nossas vidas não são nossas. Estamos vinculados a outras, passadas e presentes. E de cada crime, e cada ato generoso nosso, nasce nosso futuro."

O filme aborda vários assuntos muito interessantes como filosofia, espiritualidade, misticismo, Nova Era, Teoria do Caos, Neoshamanismo, entre outros. Um ponto muito positivo é a ligação entre os personagens em diferentes momentos e épocas onde a história é contada. Vamos vendo melhor isso ao desenrolar da trama, principalmente durante a metade até o final do filme.

Com toda certeza não é um filme de fácil assimilação e entendimento pleno se apenas for assistido uma única vez. Os espectadores que gostarem da trama assistirão outras vezes sem dúvida. Isso ajuda bastante na percepção da obra como um todo, abrindo espaço para um novo olhar com relação à história apresentada.

Uma premissa resume toda a obra: “Tudo está conectado”. Se transportarmos para nossa realidade imediata, a principal mensagem desse conceito é que estamos conectados com pessoas tanto do passado (nossos antepassados), quanto no presente e ainda no futuro de alguma forma com pessoas que talvez nunca tenhamos contato nem aproximação. Isso abrirá uma discussão sobre “reencarnação” do ponto de vista espiritual e ela curiosamente está presente no filme em muitos momentos.

Outra questão que merece destaque é o fato de como uma obra feita no passado deixa seu legado e cativa pessoas no presente mexendo de forma única no futuro é mostrada de forma ímpar. O exemplo mais visível no filme é sem dúvida o Sexteto Nuvem Atlas. Existem muitos, mas deixarei como fator surpresa para que todos assistam ao filme e descubram por si próprios.

Com relação ao Figurino e Fotografia são apresentados de forma simples no filme, mas a Maquiagem merece destaque, pois é responsável por tornar a mudança entre os diferentes personagens nas seis histórias um fator muito efetivo e direto, facilitando o entendimento e a diferenciação de cada um deles na trama e sua compreensão Ainda saiu vencedor com um Globo de Ouro como melhor Trilha Sonora Original. O roteiro foi escrito de forma excelente e merece grande destaque.

Muitos de vocês irão me perguntar: Thiago, os irmãos Wachowski conseguiram superar a Trilogia Matrix em termo de qualidade? A minha resposta a vocês resume-se a três letras, não! Tanto a imprensa mundial quando os espectadores, principalmente os fãs de Matrix estavam ansiosos pelo retorno de um novo projeto que levasse o nome Wachowski de alguma forma. A expectativa era realmente grande e considero-os “Gênios” desde sempre no que se propõem a fazer (dirigir, escrever e produzir). Matrix sempre será um divisor de águas tanto na Ficção Científica quanto por sua importância singular no cinema mundial e talvez jamais eles consigam consolidar um trabalho tão único quanto esse.

Por outro lado a boa notícia é que os fãs da Trilogia Matrix curtirão a história que se passa no ano de 2144, mostrando uma Seul completamente futurista. Lá a temática Cyberpunk é o pilar de sustentação com relação ao enredo específico dessa história. Confesso que curti todas as seis histórias, mas essa foi uma das que mais gostei no filme. A visão apocalíptica apresentada está totalmente ligada ao fato dos rumos que nossa sociedade e mundo no geral estão tomando e nossas próximas gerações.

O filme é excelente. Para os espectadores que tem a mente aberta com relação a preconceitos e aceitação a novos modos de opinião/crítica irão se deliciar com a obra, inclusive para os fãs de Ficção Científica e com relação aos trabalhos anteriores dos respectivos diretores citados nessa resenha.

Então prepare bastante pipoca e separe litros de refrigerante para curtir esse filme espetacular!

Um ótimo filme a todos!

Grande abraço e até a próxima!

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terça-feira, 19 de março de 2013

Colegas - 2013

Cineasta: Marcelo Galvão
Origem: Brasil
Gênero: Aventura/Comédia
 Formato: Avi
Áudio: Português
Legenda: Ing




“Colegas” ficou conhecido, principalmente, pela recente campanha viral “Vem, Sean Penn”.  Como sabemos, Ariel Goldenberg (o Stalone do filme) sonhava em conhecer o astro. Todo mundo sabe também que ele o conheceu. Mas vamos aos fatos e opiniões concernentes ao filme.

A gente pensa que quando um longa tem 3 protagonistas com Síndrome de Down, a história tentará se desenvolver de forma a quebrar preconceitos, familiarizar as pessoas com os Downs etc. Não acontece isso. Muitas vezes eles são minimizados, chamados de “debiloides”, “retardados”, dentre outros adjetivos pejorativos que, ao invés de fazer com que as pessoas tenham mais cuidado ao se referir a eles, enfatiza ainda mais esses termos que são desrespeitosos.

Outra impressão que eu tive foi que eles tentaram dar um ar retrô ao filme, fazendo referência a vários outros clássicos (o que fica evidente logo no início, na abertura). Porém, há uma cena em que Márcio faz menção a “Tropa de Elite”. Mas não era retrô?

De maneira geral, a história também não é lá essas coisas. Stalone, Márcio e Aninham fogem do instituto onde viviam com outros Downs, os famosos “colegas” em busca de realizar seus sonhos. Aninha queria se casar, Stalone queria ver o mar, e Márcio queria voar. Logo ao sair eles roubam o carro do professor do instituto. Depois assaltam uma loja de conveniência, devidamente mascarados e tal, e viram notícia no país todo. Começa uma perseguição enjoativa e sem fim até a última cena do filme.

Não é de todo ruim. Tem partes bastante engraçadas onde dá pra arrancar boas risadas do público. Mas o que me decepcionou realmente foi o fato de fazerem com que os três amigos parecessem inconsequentes, imaturos, bobos e realmente debiloides. Acho que a temática tinha tudo para familiarizar a vida real deles com o grande público, já que finalmente fizeram um filme focado nas pessoas que possuem a síndrome onde elas não são “coitadinhas”.

Em suma, acho que o filme poderia ter partido para o lado de realmente cada um realizar seu sonho, mas sem a bobeira desnecessária de policial, sem tanto xingamento e sem tanta palavra esdrúxula referentes aos Downs. Os atores estavam realmente empolgados, e isso foi um ponto muito positivo, pois a partir daí vemos que eles não são tão limitados assim.

De qualquer maneira, assistam.

Muaks :*

sábado, 16 de março de 2013

Julie & Julia - 2009

Cineasta: Nora Ephron
Origem: Estados Unidos
Gênero: Romance/Comédia/
Biografia
Formato: Avi
Áudio: Inglês/Português
Legenda: Pt-Br/In





Em primeiro lugar, pelo visto sou especialista em publicar biografias aqui, não é? Observações a parte, Julie & Julia é um filme um tanto fora do convencional, porque não é uma comédia na qual a gente morre de rir, e sim aquela em que nos sensibilizamos com os personagens, torcemos por eles etc. Embora seja uma biografia, Julie & Julia tem uma narrativa bastante comercial, pois se trata de duas vidas onde novas experiências são o carros-chefes. Vale lembrar que esse filme deu o Oscar de Melhor Atriz em Comédia ou Musical para a maior diva contemporânea, Meryl Streep.

Vamos à história. Julie (Amy Adams) é uma secretária que detesta o emprego. Seu grande sonho é ser uma escritora de sucesso, mas ainda não encontrou a maneira certa para despontar nessa profissão. Um dos hobbies de Julie é cozinhar, por isso, decidiu montar um blog e cumprir um desafio que tem um tanto peculiar. Ela tem que testar nada menos que 524 receitas do livro de Julia, uma famosa e simpática cozinheira americana que encontrou o sucesso em Paris.

Para relatar se as receitas deram certo ou não, Julie criou um blog onde escrevia passo a passo de suas experiências na cozinha. Seu marido, claro, era cobaia e provava tudo o que Julia havia colocado no livro Dominando a Arte da Culinária Francesa.

Julia, a adorável senhora cozinheira apaixonada por manteiga, era casada e levava a típica vida de uma mulher de meia idade. Ela comandava um grupo de senhorinhas que queriam aprender a cozinhar e foi acoplando as melhores receitas para enviar a uma editora, que finalmente publicou seu livro.

Por falar em livro, Julie foi convidada a publicar um livro falando sobre as experiências de seguir as 524 receitas, o que deu origem ao filme.

Eu, particularmente, gostei muito do filme. Ele é simples, bonitinho, romântico e engraçado. Ótima pedida pra um domingo a tarde. Espero que gostem.

Muaks :*


domingo, 10 de março de 2013

Não Estou Lá! - 2007

Direção: Todd Haynes
Origem: Estados Unidos
Gênero: Drama
Formato: Rmvb
Legendas: Pt-Br





Olá todo mundo! As coisas andam difíceis para eu postar alguma coisa. Mas vou recorrer à minha memória e falar deste filme que tenho muito apreço. Não só por falar de um dos meus ícones preferidos, mas por mostrar um bom cinema de vanguarda.


O filme se trata acima de tudo, como uma homenagem. Uma visão poética e artística de Bob Dylan e suas várias facetas ao longo de sua vida. Cada fase interpretada por um ator diferente. O diretor Todd Haynes não erra ao se jogar na licença poética. Dando um das facetas para uma mulher e outra para um garoto negro.Tudo monta o retrato desse artista de vários gêneros, que é influência em todos. A abordagem da época, e a trilha sonora são ricas e bem casadas.  O próprio Dylan deve ter se divertido bastante com isso.

Nele somos apresentados a faceta de Wood Guthrie.Interpretado por Marcus Carl Franklin. Nele é apresentado o Dylan que ele relatava  imprensa. Garoto pobre, trovador e menestrel. Fazia a música dos pés descalços e vagava pelo país com seu folk. Tudo como se soube depois, uma faceta inventada por Dylan, para encobrir sua origem simplesca de classe média judaica. Marcus proporciona momentos de carisma e emoção. Passa por um momento verdadeiro na vida de Dylan, no qual ele vai ver seu mentor, à beira da morte no hospital.

O finado Heath Ledger faz os flertes de Dylan com o cinema, e também leva detalhes de sua vida conjugal. Sua figura mais rígida e de opinião cortante ainda é outra, mas vemos nele momentos como a separação, conflito intelectual, e o cenário em questão. Com a guerra fria e Richard Nixou ao redor.

Christian Bale faz o Dylan eu seu início de carreira. Com o sucesso da música folk, vemos o seu lado ícone, seguido por uma legião e com suas músicas de protesto e de alto conteúdo. Temos momentos como quando comentou ter uma empatia com o assassino de John Kennedy, bem como sua transformação em cristão. Tanto pessoal quanto musicalmente.

Richard Gere é a faceta mais surreal e menos palatável do filme. Ele é o lado fantasioso que Dylan sempre quis ser. Um "Billy The Kid" moderno em um cenário de sonhos. Não é a mais sociável, mas é a mais distinta do filme todo.

Mas é de Cate Blanchet a interpretação mais cortante. Ela é o Dylan frenético, recém insurgido no rock 'n' roll, em uma fase que foi alvo de injúria dos fãs. E questionado pela imprensa, que o via relacionado sempre com alguma ideologia externa e maior, como o partido dos panteras negras. É seu retrato mais andrógino, grosseiro, estiloso e ...héterossexual. Basta conhecer um pouco de sua história para achar isso. Sua fase, abordada em preto e branco é divertida sendo séria. E embalada com momentos bem afiados. Rendeu uma indicação ao Oscar de melhor atriz coadjuvante.

Eu considero uma peça perdida no cinema americano atual. E ainda é uma prova de que as fórmulas antigas funcionam nos dias de hoje. Mas independente do que for. Ela só prova que o legado de Bob Dylan está vivo, não só na audição. Mas em vários sentidos. Espero que possam se entreter com o que lhes apresento.

Bom filme!!!

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terça-feira, 5 de março de 2013

Um Pouco Zumbi - 2013

Nome Original: A Little Bit Zombie
Direção: Casey Walker
Origem: Canadá
Gênero: Comédia
Formato: Avi/Rmvb
Audio: Inglês
Legenda: PT-BR


Salve galera do CPC! Fael de novo por aqui pra trazer pra vocês  um filme de zumbis. Bem, eu sempre fui fã de zumbis e quando ouvi falar desse filme me interessei pelo saudosista ar trash que a sinopse e a capa me passaram.

A história já começa dando motivos pra o filme não ser levado tão a sério.  Sob a perspectiva e um mosquito (isso mesmo. Você não leu errado), vemos um casal caçando zumbis. Durante a caçada, o infame mosquito pica uma zumbi,e vai embora do local até que entra no caminho de Tina (Crystal Lowe) e Steve (Kristopher Turner), que estão planejando a festa de casamento, e Craig (Shawn Roberts) e Sarah(Kristen Hager), que são o melhor amigo e a irmã de Steve. A partir da aí acompanhamos o casal na viagem para a casa de campo da família, onde o o mosquito (agora zumbi) desperta e ataca o pobre Steve. A medida que o tempo passa, Steve começa a se sentir estranho e vai dormir. (Detalhe para essa cena do “sonho” de Steve em que tudo faz referência a cérebros, como o trocadilho Be rain/Brain.) Pela manhã, Steve descobre que está sem pulso, com um apetite enorme e rejeitando comida normal, além de um desejo estranho por cérebros. Além de lidar com as conseqüências dessa transformação, com  o ódio mútuo da sua irmã pela sua noiva e o casal de caçadores malucos que estão na sua cola, Steve tem que lidar com com Tina, que não pretende desistir tão fácil do casamento e resolve, junto com Sarah, ajudar Steve a conseguir alguem para comer.


O filme peca por não assumir o lado trash e poderia ser melhor se o tivesse feito. Não é um filme ruim, apenas um pouco fraco. Faz bem o estilo dos filmes "Sessão da tarde". Com algumas piadas boas, outras já bem manjadas e um elenco cujo ator mais conhecido é o Stephen McHattie, no fim das contas, o filme é divertido e vale a pena assistir. Principalmente se você for um fã do gênero.

Detalhe: Durante os créditos, aparecem as fotos do casamento de Steve e Tina.


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segunda-feira, 4 de março de 2013

Chaplin - 1992

Direção: Richard Attenborough
Origem: EUA\Reino Unido\França\Itália
Gênero: Drama\Biografia
Formato: Rmvb
Legendas: Pt-Br


Olá a todos! Estou atrasado com essa resenha e decidi fazê-la hoje. Este filme delicioso por vários motivos, merece ser citado aqui no Cinepub Café. Vamos lá!

Uma cinebiografia de alguém que gerou o cinema. Feita com a competência do diretor  Richard Attenborough.

Olhar um  filme que retrata a vida de um dos maiores artistas da humanidade não deve ter sido uma tarefa fácil. Mas como não vi o filme na época em que estreou, enxergo ele como um prazeroso passatempo cinéfilo. Sem noções do cinema dos anos 90 e nem de limitações. Pois elas não são visíveis. Ainda mais pelas mãos do diretor que já contou a vida de Mahatma Gandhi em 1982.

O filme mostra a vida do mestre Charlie Chaplin, desde sua infãncia pobre até o dia em que foi honrado na cerimônia do Oscar de 1971. Em sua vida, é relatado os problemas com sua mãe, sua vida pobre, o decolar de sua carreira nos palcos, sua transição pro cinema, suas opiniões e conceitos humanistas em tela, bem como a repercussão de suas inovações e de seus casos amorosos.

Attenborough já havia brindado o mundo com seu árduo trabalho em “Gandhi” de 1982. E aqui realiza outro ótimo trabalho. Denotando o seu conhecimento da época e do cinema em questão. É divertido como ele imprimiu as gags e o humor burlesco de Chaplin em algumas cenas dessa cinebiografia. A cena de Chaplin e sua equipe fugindo do hotel soa bem engraçada e interessante. Mas as partes dramáticas também tem seu valor. É mostrado aqui, citações verdadeiras da autobiografia de Chaplin. Embora no filme, ele tenha sido entrevistado por um repórter fictício interpretado por Anthony Hopkins.

Além de Hopkins, há vários nomes interessantes dando espaço as pessoas da vida de Chaplin naquela época. O rei do cinema mudo Mack Sennet é interpretado por Dan Aykroyd, Mabel Normand por Marisa Tomei, Douglas Fairbanks por Kevin Kline, Mildred Harris (Um dos primeiros casos de Chaplin com ninfetas.) por Milla Jocovich, Paulette Godard por Diane Lane, Edna Purviance por Penelope Ann Miller e curiosamente a filha de Chaplin, Geraldine Chaplin interpreta sua própria avó.

Mas Robert Downey Jr. Merece um parágrafo só seu. O Homem de Ferro realiza nesse filme seu melhor trabalho e demonstra o quanto é um ator dramático. Seu laboratório sobre Chaplin se mostra sublime em momentos de re-apresentação. Suas gags, seus trejeitos e seu trabalho de corpo casam com o retrato daquele que foi um dos artistas mais amargurados da história. Creio que sua carreira só não tenha tomado a dimensão que tem hoje devido aos seus problemas com drogas. Mas independente disso, é um excelente trabalho que lhe rendeu uma indicação ao Oscar.

Enfim, fica a recomendação. Chaplin é um delicioso relato da vida desse gênio. Um prato cheio para qualquer amante do cinema. Fico pensando se algum dia voltarão a fazer biografias desse nível.


Bom filme!!!



domingo, 3 de março de 2013

MicMacs - Um Plano Complicado - 2009

Cineasta: Jean-Pierre Jeunet
Origem: França
Gênero: Comédia
Áudio: Francês
Legenda: Português




 Final do final de semana para nós. Espero que todos tenham se perdido em filmes, mas para aqueles que ainda permanecem dispostos para um pouco mais, cá estou para mais uma atualização no Cinepub Café. Jeunet, celebre por O Fabuloso Destino Amelie Poulain, continua fixado pelo incomum no campo da fantasia, com o engraçado Dany Boom, protagonizando como Bazil, o longa. 

Sinopse ( site adoro cinema) Bazil nunca teve sorte com armas. Quando criança, uma mina terrestre matou seu pai. Já adulto, ele é atingido por uma bala perdida quando está em pleno trabalho, em uma locadora. Ele se recupera mas se torna uma bomba-relógio, já que pode morrer a qualquer momento. Sem conseguir recuperar o antigo emprego, ele passa a viver nas ruas de Paris. Até que, um dia, é acolhido por um grupo de vendedores de ferro-velho, que vive como se fosse uma família e cujos integrantes possuem poderes surpreendentes. Bazil logo se enturma aos novos amigos e inicia nova vida. Só que ao passar por um rua onde há dois edifícios enormes, um de cada lado, Bazil percebe que se trata das sedes das empresas fabricantes de armas que arruinaram sua vida. Ele então decide se vingar, tendo ao seu lado seus talentosos amigos.

Comentário (CinePub Café): Infelizmente arriscar a mesma formula algumas vezes gera críticas e comparações. Jeunet parece meio desgastado com a ideia fixa de amarelar sua fotografia e criar um cenário teatral com personagens caricatas e excêntricos. Todos os longas que acompanhei dele até então, tem essa característica como padrão, não sendo algo demérito para esse que vos fala, contudo, não há como assistir MicMacs sem lembrar da perfeição de Amelie Poulain.
Woody Allen, Chaplin, personagens que marcaram seus trabalhos pela repetição podem servir de pretexto para o estilo definido de Jeunet, e não há como não se entreter em seus filmes, Delicatessen, O Ladrão de Sonhos ou mesmo MicMacs são sombras bem arquitetadas e divertidas de sua obra prima já citada.

MicMacs trabalha sua crítica em torno das indústrias de armas, de forma divertida que no entanto não chega a empolgar, é um bom entretenimento, cheio de planos que parecem se perder no decorrer da trama movimentada por Bazil e seus amigos caricatas, com momentos característicos de comédia, que no entanto não arrancam risadas, é mais leve, mais voltado para trabalhar a bizarrice, e muito mais ainda, centrado em sua direção impecável de arte. 

A mesmice proposta por Jeunet pareceu cansar a maioria de seus fãs, o filme que custou 42 milhões de dolares, arrecadou menos de 20 milhões em suas exibições na época, o que mostra um publico distante da continuação de um estilo, imortalizado, em uma unica obra. Dany Boom, apesar de impecável na trama, não empolgou ou motivou o publico. Os outros personagens são superficialmente desenvolvidos, formando uma gangue incomum para o protagonista. 

Finalizo recomendando MicMacs pelo conjunto, pela fotografia, e pelo entretenimento leve e descontraido em um cenário bizarro, sendo em suma o que o longa tem a oferecer, do talentoso mas repetitivo Jeunet. Bom filme!!