domingo, 10 de março de 2013

Não Estou Lá! - 2007

Direção: Todd Haynes
Origem: Estados Unidos
Gênero: Drama
Formato: Rmvb
Legendas: Pt-Br





Olá todo mundo! As coisas andam difíceis para eu postar alguma coisa. Mas vou recorrer à minha memória e falar deste filme que tenho muito apreço. Não só por falar de um dos meus ícones preferidos, mas por mostrar um bom cinema de vanguarda.


O filme se trata acima de tudo, como uma homenagem. Uma visão poética e artística de Bob Dylan e suas várias facetas ao longo de sua vida. Cada fase interpretada por um ator diferente. O diretor Todd Haynes não erra ao se jogar na licença poética. Dando um das facetas para uma mulher e outra para um garoto negro.Tudo monta o retrato desse artista de vários gêneros, que é influência em todos. A abordagem da época, e a trilha sonora são ricas e bem casadas.  O próprio Dylan deve ter se divertido bastante com isso.

Nele somos apresentados a faceta de Wood Guthrie.Interpretado por Marcus Carl Franklin. Nele é apresentado o Dylan que ele relatava  imprensa. Garoto pobre, trovador e menestrel. Fazia a música dos pés descalços e vagava pelo país com seu folk. Tudo como se soube depois, uma faceta inventada por Dylan, para encobrir sua origem simplesca de classe média judaica. Marcus proporciona momentos de carisma e emoção. Passa por um momento verdadeiro na vida de Dylan, no qual ele vai ver seu mentor, à beira da morte no hospital.

O finado Heath Ledger faz os flertes de Dylan com o cinema, e também leva detalhes de sua vida conjugal. Sua figura mais rígida e de opinião cortante ainda é outra, mas vemos nele momentos como a separação, conflito intelectual, e o cenário em questão. Com a guerra fria e Richard Nixou ao redor.

Christian Bale faz o Dylan eu seu início de carreira. Com o sucesso da música folk, vemos o seu lado ícone, seguido por uma legião e com suas músicas de protesto e de alto conteúdo. Temos momentos como quando comentou ter uma empatia com o assassino de John Kennedy, bem como sua transformação em cristão. Tanto pessoal quanto musicalmente.

Richard Gere é a faceta mais surreal e menos palatável do filme. Ele é o lado fantasioso que Dylan sempre quis ser. Um "Billy The Kid" moderno em um cenário de sonhos. Não é a mais sociável, mas é a mais distinta do filme todo.

Mas é de Cate Blanchet a interpretação mais cortante. Ela é o Dylan frenético, recém insurgido no rock 'n' roll, em uma fase que foi alvo de injúria dos fãs. E questionado pela imprensa, que o via relacionado sempre com alguma ideologia externa e maior, como o partido dos panteras negras. É seu retrato mais andrógino, grosseiro, estiloso e ...héterossexual. Basta conhecer um pouco de sua história para achar isso. Sua fase, abordada em preto e branco é divertida sendo séria. E embalada com momentos bem afiados. Rendeu uma indicação ao Oscar de melhor atriz coadjuvante.

Eu considero uma peça perdida no cinema americano atual. E ainda é uma prova de que as fórmulas antigas funcionam nos dias de hoje. Mas independente do que for. Ela só prova que o legado de Bob Dylan está vivo, não só na audição. Mas em vários sentidos. Espero que possam se entreter com o que lhes apresento.

Bom filme!!!

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