terça-feira, 19 de março de 2013

Colegas - 2013

Cineasta: Marcelo Galvão
Origem: Brasil
Gênero: Aventura/Comédia
 Formato: Avi
Áudio: Português
Legenda: Ing




“Colegas” ficou conhecido, principalmente, pela recente campanha viral “Vem, Sean Penn”.  Como sabemos, Ariel Goldenberg (o Stalone do filme) sonhava em conhecer o astro. Todo mundo sabe também que ele o conheceu. Mas vamos aos fatos e opiniões concernentes ao filme.

A gente pensa que quando um longa tem 3 protagonistas com Síndrome de Down, a história tentará se desenvolver de forma a quebrar preconceitos, familiarizar as pessoas com os Downs etc. Não acontece isso. Muitas vezes eles são minimizados, chamados de “debiloides”, “retardados”, dentre outros adjetivos pejorativos que, ao invés de fazer com que as pessoas tenham mais cuidado ao se referir a eles, enfatiza ainda mais esses termos que são desrespeitosos.

Outra impressão que eu tive foi que eles tentaram dar um ar retrô ao filme, fazendo referência a vários outros clássicos (o que fica evidente logo no início, na abertura). Porém, há uma cena em que Márcio faz menção a “Tropa de Elite”. Mas não era retrô?

De maneira geral, a história também não é lá essas coisas. Stalone, Márcio e Aninham fogem do instituto onde viviam com outros Downs, os famosos “colegas” em busca de realizar seus sonhos. Aninha queria se casar, Stalone queria ver o mar, e Márcio queria voar. Logo ao sair eles roubam o carro do professor do instituto. Depois assaltam uma loja de conveniência, devidamente mascarados e tal, e viram notícia no país todo. Começa uma perseguição enjoativa e sem fim até a última cena do filme.

Não é de todo ruim. Tem partes bastante engraçadas onde dá pra arrancar boas risadas do público. Mas o que me decepcionou realmente foi o fato de fazerem com que os três amigos parecessem inconsequentes, imaturos, bobos e realmente debiloides. Acho que a temática tinha tudo para familiarizar a vida real deles com o grande público, já que finalmente fizeram um filme focado nas pessoas que possuem a síndrome onde elas não são “coitadinhas”.

Em suma, acho que o filme poderia ter partido para o lado de realmente cada um realizar seu sonho, mas sem a bobeira desnecessária de policial, sem tanto xingamento e sem tanta palavra esdrúxula referentes aos Downs. Os atores estavam realmente empolgados, e isso foi um ponto muito positivo, pois a partir daí vemos que eles não são tão limitados assim.

De qualquer maneira, assistam.

Muaks :*

Um comentário:

  1. Letícia, confesso que fiquei meio decepcionado. Estava com uma expectativa grande pro filme e agora provavelmente já vou assistir com alguns filtros. De qualquer forma, quero ver pra entender como se dá essa relação de "banalizarem" os downs. Fiquei imaginando a possibilidade de o roteiro ter sido construído dessa forma pra tornar até mesmo a tolice algo convencional a todos. Enfim, quando assistir vou poder opinar melhor.
    E, finalmente, meu primeiro comentário nas suas críticas - que acompanho quase sempre :)

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