segunda-feira, 4 de março de 2013

Chaplin - 1992

Direção: Richard Attenborough
Origem: EUA\Reino Unido\França\Itália
Gênero: Drama\Biografia
Formato: Rmvb
Legendas: Pt-Br


Olá a todos! Estou atrasado com essa resenha e decidi fazê-la hoje. Este filme delicioso por vários motivos, merece ser citado aqui no Cinepub Café. Vamos lá!

Uma cinebiografia de alguém que gerou o cinema. Feita com a competência do diretor  Richard Attenborough.

Olhar um  filme que retrata a vida de um dos maiores artistas da humanidade não deve ter sido uma tarefa fácil. Mas como não vi o filme na época em que estreou, enxergo ele como um prazeroso passatempo cinéfilo. Sem noções do cinema dos anos 90 e nem de limitações. Pois elas não são visíveis. Ainda mais pelas mãos do diretor que já contou a vida de Mahatma Gandhi em 1982.

O filme mostra a vida do mestre Charlie Chaplin, desde sua infãncia pobre até o dia em que foi honrado na cerimônia do Oscar de 1971. Em sua vida, é relatado os problemas com sua mãe, sua vida pobre, o decolar de sua carreira nos palcos, sua transição pro cinema, suas opiniões e conceitos humanistas em tela, bem como a repercussão de suas inovações e de seus casos amorosos.

Attenborough já havia brindado o mundo com seu árduo trabalho em “Gandhi” de 1982. E aqui realiza outro ótimo trabalho. Denotando o seu conhecimento da época e do cinema em questão. É divertido como ele imprimiu as gags e o humor burlesco de Chaplin em algumas cenas dessa cinebiografia. A cena de Chaplin e sua equipe fugindo do hotel soa bem engraçada e interessante. Mas as partes dramáticas também tem seu valor. É mostrado aqui, citações verdadeiras da autobiografia de Chaplin. Embora no filme, ele tenha sido entrevistado por um repórter fictício interpretado por Anthony Hopkins.

Além de Hopkins, há vários nomes interessantes dando espaço as pessoas da vida de Chaplin naquela época. O rei do cinema mudo Mack Sennet é interpretado por Dan Aykroyd, Mabel Normand por Marisa Tomei, Douglas Fairbanks por Kevin Kline, Mildred Harris (Um dos primeiros casos de Chaplin com ninfetas.) por Milla Jocovich, Paulette Godard por Diane Lane, Edna Purviance por Penelope Ann Miller e curiosamente a filha de Chaplin, Geraldine Chaplin interpreta sua própria avó.

Mas Robert Downey Jr. Merece um parágrafo só seu. O Homem de Ferro realiza nesse filme seu melhor trabalho e demonstra o quanto é um ator dramático. Seu laboratório sobre Chaplin se mostra sublime em momentos de re-apresentação. Suas gags, seus trejeitos e seu trabalho de corpo casam com o retrato daquele que foi um dos artistas mais amargurados da história. Creio que sua carreira só não tenha tomado a dimensão que tem hoje devido aos seus problemas com drogas. Mas independente disso, é um excelente trabalho que lhe rendeu uma indicação ao Oscar.

Enfim, fica a recomendação. Chaplin é um delicioso relato da vida desse gênio. Um prato cheio para qualquer amante do cinema. Fico pensando se algum dia voltarão a fazer biografias desse nível.


Bom filme!!!



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