domingo, 27 de janeiro de 2013

A Invenção de Hugo Cabret (2012)

Direção: Martin Scorsese
Origem Estados Unidos
Gênero: Drama
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Pt-Br



Olá a todos! Venho aqui trazer minha opinião sobre o último filme do cineasta cujo o trabalho foi o primeiro que me adentrei no mundo do cinema. Vamos então.

Martin Scorsese historeia, emociona e dá uma aula de como o cinema é atemporal.

Filmes que homenageiam o cinema, quando feitos na entonação correta, são sempre bem recebidos. A Invenção de Hugo Cabret não fica pra trás nisso. Scorsese, que declarou ter feito esse filme porque queria ter um filme que a filha de 12 anos dele pudesse ver (Películas como Taxi Driver, Caminhos Perigosos e Os Infiltrados não caem bem à uma cabeça pré-adolescente.), mostra uma aula de cinema em tom de fábula e drama. Aqui ele recorre ao passado usando elementos do nosso presente, como 3-D e mostra que já havia a busca da qualidade de efeitos para fazer bom cinema.

Depois da morte do seu pai relojoeiro, o protagonista Hugo (Asa Butterfield) passa a viver na Gare du Nord, a majestosa estação de trem em Paris cujos relógios o órfão acerta diariamente. Como herança, Hugo ganhou não apenas o talento com engrenagens miúdas, mas também um misterioso autômato, que o garoto tenta remontar com peças que ele rouba de uma loja de brinquedos na estação. Transcorrem os anos 1930 e ninguém desconfia que o deprimido dono da loja é, na verdade, o velho cineasta Georges Méliès (Ben Kingsley), mas isso Hugo logo descobre, quando o caminho dos dois se cruza.

Quando comecei a me interessar por cinema, Scorsese foi o que mais me cativou. Seus filmes são cheios de estruturas bem firmadas e as emoções dos atores só aparecem se explodirem nelas. Talvez por isso vários atores tiveram suas melhores performances sob sua batuta (Robert DeNiro, Paul Newman, Ellen Bursty Leonardo DiCáprio e etc.). Aqui ele monta outra bela estrutura no microuniverso de Hugo, a estação de trem. Lá ele é o obsevador das maravilhas da vida. O inspetor da estação que tenta flertar com a florista (Sacha Baron Coen mostrando que é mais que um Borat.) e o dono a loja de brinquedos que é na verdade o grande Georges Méliès. Cineasta que nos brindou com o belo "Viagem Á Lua" de 1902. Que é interpretado pelo sempre excelente Ben Kingsley. O garoto Asa Butterfield é mais como veículo da história do que o próprio autor das ações. A impressão que dá é que ele capta aqueles acontecimentos como um imã, ele suga as emoções dos personagens enquanto está perto deles. Deve ser por isso que Scorsese o escolheu. Os olhos azuis do garoto só absorvem e espelham o que há de sentimento no filme.

Scorsese dá uma aula de como usar 3-D no cinema de qualidade. Com roteiro e e bases firmes, o que será ótimo se for seguido. Pois hoje o 3-D é a muleta do cinema comercial e burro.

Remetendo á Méliès em suas fantasias com 3-D, e aos Lumiere (criadores do cinematógrafo.) em suas filmagens de trens que gostavam de fazer, ao retratar o banal cotidiano, Scorsese mostra que essas duas qualidades são complementares. Sempre há um pedaço de real no sentimento da fantasia, e até a filmagem realista deve ter o mínimo de Know-How pra sair mágica.

Enfim A Invenção de Hugo Cabret é mais uma prova que o cinema é a máquina de fazer sonhos.


Bom filme!


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