sexta-feira, 22 de julho de 2011

O Selvagem da Motocicleta - 1983

Cineasta: Francis Ford Coppola
Gênero: Drama/ Ação
Origem: Estados Unidos
Áudio: Inglês
Legenta: Pt-Br (separada)
Formato: Avi


Salve ! Para acordar o nome de Coppola aqui no blog, trago um de seus filmes oitentistas, que alguns especialistas dizem não ser uma boa época para o diretor. Especialistas, o que eles entendem afinal ? Ou até mesmo eu, afinal tudo tem um ponto de vista, e se torna particularmente pessoal. Julgar um diretor por seus filmes anteriores é comum, no entanto metódico demais, tal como comparar um livro a sua representação cinematográfica. Indo por essa linha, cabe analisar os fatos por eles mesmos, seus antecedentes. Seguindo por essa linha O Selvagem da Motocicleta é um bom filme, repleto de simbolismos, analisando jovens que não tem um sentido formado em suas vidas, ansiando se descobrirem. É claro que o foco é bem com relação aquela época, Matt Dillon mesmo faz um jovem que espera que a época das gangues volte, e ele possa se estabelecer como o chefe de uma delas, tal como fora seu irmão, o lendário selvagem da motocicleta. Mickey Rourke que interpreta o selvagem da motocicleta, volta a cidade, depois de estar um bom tempo fora, e encontra a situação de seu irmão, do qual ele não entende como ajudar, pois sua própria cabeça não compreende mais o passado. Ele se mostra mais um perdido por sinal, sua fama não lhe interessa mais, e seus talentos não o satisfazem, por isso é considerado louco por muitos, principalmente pelo policial que o vigia. Isso vai desenrolar uma emboscada que eternizará o herói local.

É preciso desfragmentar algumas das intenções de Coppola com o filme, e no decorrer dele. Tratava-se de uma época que ainda carregava a energia da anarquia, as ações desmedidas dos jovens. O personagem de Matt Dillon foca muito nisso, em uma tentativa para se destacar, sem saber direito o que fazer com sua vida. O processo de liberdade dele sera próximo ao de seu irmão, que outrora abandonara a cidade. Ainda o jogo de cores e sons do filme também é ponto chave, o selvagem da motocicleta não enxerga cores e tem uma certa surdez em determinados momentos, representando a visão de mundo do próprio o filme passa todo em preto e branco, com tons coloridos (uma maniazinha de Coppola) que ele não pode enxergar, dando um pouco de angustia ao personagem. Ainda nessa linha simbólica, os peixes figuram da mesma forma, pois o selvagem se sente como eles, preso em meio a uma sociedade que o faz consumir o que lhe convém. Eles representaram um desfecho que se aplica a uma teoria já firmada aqui no blog, a impossibilidade de fugir do sistema, ou não (como diria um amigo haha). Enfim, sem mais devaneios, só posso desejar um bom filme !!

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