quarta-feira, 20 de julho de 2011

Fahrenheit 451 - 1966

Cineasta: François Truffaut
Gênero: Ficção Cientifica 
Origem: França
Áudio: Francês
Legenda: Pt-Br
Formato: Rmvb


Salve ! Séculos sem postar aqui no blog. Entre problemas e outros problemas, deixemos de lado as desculpas, indo direto a post de hoje. Primeiramente agradecendo ao meu amigo aqui da Sebo em Guaianazes (sebo com ótimos títulos, em livros, dvd's, cd's e lp's e afins, olha o merchan gratuito ai haha) que disponibilizou o filme para que eu pudesse assistir.

Mesmo não assistindo tantos filmes de Truffaut, pude notar que a incursão desse filme não é muito comum em sua cinegrafia. Podemos partir pelo ponto estrutural, confesso ter experimentado a sensação de estar em meio a um filme do Godard, um pouco mais mastigado é verdade, mas com características nada comuns para o cinema melancólico e nostálgico de Truffaut. É claro, que as referências de Nouvelle Vague estão claras no filme, abraagendo um processo de desconstrução do modo estagnado Hollywoodiano, contudo a sensibilidade destacada do diretor não se fez presente, embora isso não seja uma crítica, e sim um elogio a sua versatilidade, afinal Fahrenheit é um espetáculo para os olhos e para a mente. Imaginem um local em um futuro não detalhado, em que os livros são proibidos, pois não são saudáveis para a mente segundo o governo. Para eliminar os infratores dessa medida, é designado aos bombeiros, caçarem e colocarem fogo no material "profano". Até que Montag um dos mais dedicados ao serviço se envolve pela literatura, criando em seu interior uma grande confusão.

A atmosfera pessimista do filme é o ponto chave para a nossa analise. Truffaut disseca a época em que vive, como ditatorial em grande parte do mundo, mas isso é o de menos importante, a obra é ao meu ver atemporal, e trata com maior atenção de forma direta, a manipulação que uma sociedade sofre por seu governo, por suas leis ou até mesmo por tempos de educação centralizada. As pessoas apresentadas no filme tem medo da literatura, são fúteis por natureza, e levam suas vidas conforme aquilo que é determinado para elas. Isso não é tão diferente da nossa realidade, como certa feita uma conversa útil me fez compreender, ou apenas debater sobre, estamos cercados de dispositivos, e predeterminados por uma consciência independente da nossa, e eu não falo de religião, ou posso até mesmo falar, mas de manipulação como um todo, o que nos remete ao raciocínio de carcere inevitável. Essa ao meu ver é a proposta de Truffaut, e não vou desfragmentar o filme para uma melhor conclusão, só destaco os homens livros como uma sacada de fuga, que no mundo em si é impossível. Bom filme !!

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