segunda-feira, 23 de maio de 2011

Nosferatu - 1922

Cineasta: F.W.Murnau
Gênero: Terror/Fantasia
Origem: Alemanha
Áudio: Mudo
Legenda: Português
Formato: Rmvb


Murnau anda meio esquecido aqui no CinePub, portanto vou falar um pouco mais dele, em sua obra. Nosferatu é um filme que foi concebido de forma "ilegal", já que os direitos da história pertenciam a família Stoker, pois trata de uma adaptação do livro Drácula, com outros nomes, contudo carregando o mesmo enredo, com todos os trejeitos do expressionismo alemão. Na versão que eu assisti, os direitos foram colocados, sendo assim os nomes foram substituídos, o que eu em suma não aprovo, o monstro de Murnau é muito mais próximo de sua visão do que da de Bram Sroker. Vamos a sinopse e um comentário posterior.

Nosferatu retrata a estória do humilde agente imobiliário de Wisborg, que viaja para terras distantes, a fim de vender uma casa ao misterioso conde Orlok. No entanto, com o passar dos dias, o inocente agente percebe que esse seu cliente tem algumas peculiaridades macabras, que futuramente liberarão o terror incrustado naquela pavorosa criatura.

Ao invés de Conde Drácula, Nosferatu é Conde Orlok, um monstro alto, esguio, esquálido, com orelhas, nariz e dentes pontiagudos, Murnau consegue representar com sucesso a figura do personagem macabro de Stoker. Na verdade, o horror se transfigura em Nosferatu. É a própria representação (e expressão imagética) do Mal e do estranhamento sugerido pela figura mítica do vampiro. Sem duvidas o filme que mostra o lado mais macabro dos vampiros. Aliás se você for assistir hoje, é muito mais sinistro um filme mudo com  musicas eruditas, e a personificação de um monstro ser o protagonista, do que uma produção hollywodiana cheia de piadinhas e sem roteiro algum. O clima é realmente pesado, embora possamos desdenhar da precariedade de elementos, que com tudo é superada pelas tomadas de câmera que completam a fotografia magnífica.

Murnau ainda tem o mérito de conceber uma produção independente, cheia de expressão teatral, e jogos de luz e sombra tão característicos de suas obras. Ainda no expressionismo alemão, Murnau usou todos os elementos de distorcer a realidade e criar um mundo alternativo a sua moda em Nosferatu, assim como em O Fausto, entre outros filmes. Ainda que o filme possui uma pitada crítica, que fala a respeito da Revolução Industrial, em que a eletrecidade espantou o medo aos seres da noite, sujeitando Nosferatu a ser apenas um dos esquecidos na periferia de tanto avanço. O que de certa forma atrapalhou o sucesso do longa, afinal a burguesia.não aprovava a sua temática soturna. Passados os anos, o filme figura como uma grande realização de um dos diretores que inventaram o cinema.

2 comentários:

  1. Esse é bom demais. Nem sei quantas vezes assisti.

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  2. ei manda o link dele online aqui nos comentários, tem lá no seu blog certo ?

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