sábado, 9 de abril de 2011

Tetro - 2009

Direção: Francis Ford Coppola
Gênero: Drama
Origem: Argentina, Itália, Espanha, EUA
Idioma: Espanhol, Inglês
Legenda: Português
Duração: 127min


Coppola volta em alta a fazer cinema, com um dos melhores filmes da sua carreira. Tetro é lindo de se ver, tanto tecnicamente quanto em seu roteiro simples mas engajado na soma de seus recursos. A dança, a ópera e o teatro são usados para desmistificar o passado de nossos personagens, principalmente do protagonista, Tetro. Tudo vai ficando claro com o passar das cenas, deixando o desfecho até um pouco obvio, contudo o modo como tudo é representado, deixa um tom requintado. Pode ser que algo tenha escapado a minha percepção mas compreendi nessa obra uma espécie de ressurgimento do diretor. Tetro por exemplo chega em um certo ponto do filme que é elogiado, como rejuvenescido, o que ao meu ver foi uma alusão clara a própria obra de Coppola, que tem um tom mais próximo as suas primeiras obras.

Um ponto forte foi investir no filme em preto e branco, algo mais  rebuscado, o que atribui um tom mais incerto e disforme ao que se passa ao redor dos personagens, e seguindo essa mesma linha de raciocínio, as lembranças o mesmo representações teatrais que explicavam o passado são coloridas, tento uma espécie de vivacidade aquilo que já ocorreu, deixando o passado como ponto que defini tudo o que os nossos personagens são nos dias atuais. Tetro, um escritor, é frustrado com a vida que levou ao lado de seu pai e com a morte da mãe, isso deixa bem claro sua dificuldade de lhe dar com suas habilidades, e pessoas da familiá. Enquanto Benny,  procura seguir todos os passos de seu ídolo Tetro, até que tenta sem autorização concluir a história do romancista. Mal imagina ele que seu modo de contar pode não ser o final desejado.

Sem exageros, um dos filmes mais bonitos da década passada, tecnicamente o melhor que vi até então da mesma década, perfeito em qualquer enquadramento, uma aula de técnica somando a um roteiro simples mas bem exposto no drama proposto, com alguns exageros que não depreciam mas potencializam o drama. O filme ainda arranja suporte para algumas críticas a arte contemporânea, tal como a representação satírica de O Fausto como A Fausta, ou mesmo aos críticos que levam em conta considerações pessoais. Sem muito mais o que passar, eu agradeço a sétima arte por ainda existir reflexo de tão bom gosto. É isso, espero que gostem !!

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